RENATO RIELLA
O maior erro dos governos Lula e Dilma foi o incentivo ao uso do automóvel nos grandes centros brasileiros. Esta aberração fica comprovada quando se sabe que as vendas de combustível no país cresceram 5,2% em 2013, o que significa a comercialização de 125 bilhões de litros no mercado.
A informação é do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom). As vendas de lubrificantes nas empresas afiliadas subiram 6,6%, em relação a 2012.
De acordo com o Sindicom, entre as entidades associadas, o etanol hidratado teve maior aumento nas vendas, de 7,5%, entre um ano e outro. A oferta do produto cresceu no mercado influenciado pelo preço competitivo: cerca de 70% menor que o da gasolina. Também contribuiu para a expansão do consumo de etanol a desoneração de impostos como o PIS e a Cofins.
O incentivo à compra de automóveis foi uma “solução mágica” inventada pelo então presidente Lula, na grande crise econômica de 2007/2008, que viria a ser, segundo suas palavras, apenas uma marolinha no Brasil.
Os governos petistas acreditam que a desoneração de impostos na venda de veículos ajudou a manter a produção industrial e manteve o clima de elevado consumo na economia brasileira.
No entanto, a “solução mágica” foi mantida nos anos seguintes, gerando impactos absurdos nas grandes cidades, não conseguem acompanhar o crescimento das frotas.
Ao mesmo tempo, provocou um elevado consumo de combustíveis, fazendo com que o Brasil abandonasse o sonho de ser um país auto-suficiente na produção de petróleo.
As importações feitas pela Petrobras, para vender gasolina aos brasileiros com preço subsidiado, levaram a empresa a ter resultados preocupantes nos últimos anos.
Infelizmente, em ano pré-eleitoral, a presidente Dilma certamente não tomará decisões amargas, das quais a mais necessária seria suspender qualquer incentivo à compra de automóveis pela população brasileira.