Um dado assustador veio a público sobre o nosso país. Cinco pessoas, em média, morrem diariamente em confronto com policiais em serviço no Brasil, aponta o Relatório Mundial sobre Direitos Humanos da Human Rights Watch (HRW). Em 2012, morreram 1.890 pessoas nessas circunstâncias, conforme dados do Fórum de Segurança Pública.
“A gente reconhece que a tarefa que a polícia enfrenta no Brasil é muito desafiadora. Os índices de criminalidade são muito altos, mas ela responde com violência em muitas circunstâncias. A polícia mata e mata muito”, avaliou Maria Laura Canineu, diretora da HRW.
A entidade considera positiva a resolução do governo paulista, de janeiro de 2013, que proibiu a remoção de corpos de vítimas de confrontos das cenas do crime.
Em 2012, quase a totalidade (95%) das pessoas feridas em confronto com a polícia paulista e que foram transportadas por policiais civis ou militares morreram no trajeto ou no hospital. De acordo com a organização, a iniciativa, que pretende impedir o acobertamento de execuções, resultou na diminuição das mortes em decorrência de ação policial, com redução de aproximadamente 34% no primeiro semestre de 2013, segundo dados oficiais.
Outra ação governamental considerada positiva pela HRW é a compensação financeira de policiais a partir do cumprimento de metas de redução da criminalidade. Essa medida foi adotada no Rio de Janeiro no ano passado.
A entidade também considera válido o anúncio feito pelo governo paulista de premiar policiais com até R$ 8 mil por ano caso seja cumprido o programa de metas de segurança pública. A diretora pondera, no entanto, que esse ganho financeiro deve corresponder a uma atuação de acordo com os direitos humanos e com o uso proporcional da força.
COMENTÁRIOS DO BLOG
O relatório da HRW não destaca, mas o BLOG pode enaltecer as polícias militares de todo o Brasil, pelo resultado obtido nas manifestações de junho e julho do ano passado.
Em nenhum lugar do mundo, mesmo nos países mais civilizados e avançados, a repressão policial a mobilizações populares, movimentando milhões de pessoas, ocorre sem mortes. Diretamente ligada aos confrontos não houve nenhuma morte de policial nem de manifestante. É um verdadeiro milagre.
Reconhecemos que algumas cidades brasileiras, no dia a dia, vivem em situação de guerrilha urbana, o que gera mortes.
Por fim, não podemos incluir o Distrito Federal nessa discussão, por diversos motivos. Em primeiro lugar, a criminalidade em Brasília e nas suas cidades é discreta, diante da realidade de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em segundo lugar, há alguns anos a Polícia Militar do DF vive em operação-tartaruga assumida, preservada de muitos conflitos. Portanto, as estatísticas aqui são diferentes.
1 comentário
Vinícius Leão
23 de janeiro de 2014 em 20:06 (UTC -3) Link para este comentário
Riella, acredito que o senhor está um pouco equivocado quanto à criminalidade aqui no DF. Não é discreta, pelo contrário. Veja os índices de homicídios por 100 mil habitantes e compare com Rio e São Paulo. Atualmente o DF está pior que o Rio de Janeiro e quase 3x pior que São Paulo.
Veja o link: http://oglobo.globo.com/infograficos/taxa-de-homicidio-estados/