HELIO FERNANDES
È impossível ligar a televisão sem ter que enfrentar o resultado do trabalho dos pesquisadores. Principalmente Ibope e Datafolha.
Mas estão surgindo outros, todos em desacordo entre si.
Aparentam uma apregoada segurança, só admitindo erro ou equivoco, em dois pontos.
“Para mais ou para menos”, de acordo com o que é repetido insistente e cansativamente.
Mas a diferença entre um dia e outro é expressiva.
Quando a campanha começou, havia o Lula disparado em todas as pesquisas, e depois dele, Bolsonaro.
Do ponto de vista eleitoral, não se previa alteração ou modificação.
Com o ex-presidente derrubado pela conspiração judiciária da inelegibilidade, Bolsonaro passou a ocupar, sem nenhuma duvida ou contestação, a liderança dos levantamentos.
Do primeiro turno, sem transferência dos votos para o segundo.
Como Lula entrou com vários recursos, os Institutos tiveram que
Agora, definitivamente eliminado o ex-presidente, Bolsonaro aparece diariamente como liderando, sem ser ameaçado por ninguém.
E até com margem maior do que a levantada ou estimada no inicio da campanha.
Favorecido pelas publicações.
E, depois do atentado com dupla interpretação, quando transformou o Einstein em hospital-residência, ganhou no minimo três boletins médicos diários, extraordinária propaganda inesperada e não prevista.
Além de escapar dos debates, o que mais temia. Começaram anteontem, verdadeira exibição quase geral de baixaria.
Quem mais tentou difamar e desmoralizar os adversários foi o
ex-governador Alckmin, que começou favorito para enfrentar Bolsonaro no segundo turno, agora é o ultimo.
Como escrevi no inicio do ano, talvez seja um bom prefeito da capital paulista, em 2020.
Haddad vem obtendo intenção de votos, correspondendo á sua capacidade e representatividade.
E, naturalmente o apoio de Lula.
Com essa enxurrada de pesquisas, na quarta-feira,(anteontem), o IBOPE registrou no Tribunal Eleitoral levantamento que só revelará na segunda-feira, primeiro dia de outubro, mês da eleição.
Talvez de duas (7 e 28), não descuidem desse TALVEZ.
PS-Tenho informado, e ratifico, Bolsonaro não quer segundo turno. Seu objetivo é ganhar apenas com os votos do primeiro turmo, mesmo sem maioria absoluta.
PS2- Mas torce para que seu adversário seja Haddad.
Bolsonaro (e muitos analistas) acredita que Lula vai levá-lo ao segundo turno.
PS3- E que o anti-lulismo raivoso, odiento e ressentido, transformará em presidente da Republica um capitão da reserva da extrema direita.