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dez 18 2020

” A Caipirinha”, de Tarsila do Amaral é arrematada em leilão por R$ 57,5 milhões

Obra "A Caipirinha", de Tarsila do Amaral, leiloada em SP nesta quinta (17). — Foto: Divulgação/Bolsa de Arte

O quadro “A Caipirinha”, da artista plástica Tarsila do Amaral, foi leiloado ontem (17) por R$ 57,5 milhões e bateu o recorde de preço pago por uma obra em venda pública no Brasil, segundo a Bolsa de Arte de São Paulo.

O leilão da obra durou cerca de 15 minutos e tinha o lance mínimo de R$ 47,6 milhões. Após 19 lances, a obra foi vendida por R$ 57,5 milhões, estabelecendo um novo recorde para a arte brasileira.

O recorde anterior pertencia ao pintor Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), cuja tela ‘Vaso de Flores’ foi arrematada em 2015 por R$ 5,7 milhões, e ao quadro “Superfície Modulada nº 4”, de Lygia Clark, que alcançou R$ 5,3 milhões em 2013.

Adquirida por um colecionador brasileiro, ‘A Caipirinha’, de 1923, deverá permanecer no país. Antes da entrega ao novo comprador, o público tem ainda uma última chance para conhecer ao vivo a obra da pintora modernista brasileira, que fica em exposição até hoje (18) na Bolsa de Arte de São Paulo.

Criada por Tarsila em 1923, quando ela morava com o poeta Oswald de Andrade em Paris, “A Caipirinha” pode ser considerada “a primeira obra realmente moderna do país”, segundo o diretor da casa de leilões Bolsa de Arte de São Paulo, Jones Bergamin.

Considerada um dos nomes centrais da pintura brasileira do século 20, Tarsila do Amaral (1886-1973) já tinha batido outros recordes no exterior. Em 1995, o empresário argentino Eduardo Costantini adquiriu o quadro “Abaporu”(1928) por US$ 1,3 milhão em Nova York.

“Abaporu” foi um presente de Tarsila para o marido Oswald de Andrade e tornou-se ícone inaugural do Movimento Antropofágico brasileiro, idealizado por ambos em 1922. A obra passou a integrar a coleção do Museu de Arte Latina de Buenos Aires (Malba), fundado por Costantini em 2001, se tornando a principal atração do acervo.

Em 2019, o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa) incorporou à sua coleção a obra “A Lua” (1928), da própria Tarsila, por um valor que pode ter chegado a US$ 20 milhões. Mas essa transação foi feita diretamente entre compradores, não em leilão público como aconteceu no Brasil ontem afirma a casa de leilões que vendeu “A Caipirinha”.

Com informações de G1

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