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out 07 2021

À CPI da Covid-19, paciente disse estar vivo porque família não aceitou tratamento da Prevent

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O ex-paciente com Covid-19 tratado em um hospital da Prevent Senior, Tadeu Frederico de Andrade, relatou seu drama nos 120 dias em que ficou internado. Ele foi intubado duas vezes, teve pneumonia, passou por hemodiálise e traqueostomia, além de ter sofrido com outros problemas por consequência da covid-19.

Ele disse que sobreviveu porque a família dele lutou “contra uma poderosa organização” e não aceitou a imposição de tratamento paliativo, prática adotada pela empresa para eliminar pacientes de alto custo, segundo ele.

O ex-segurado da Prevent Senior informou aos senadores que ouviu o termo “tratamento paliativo” pela primeira vez numa reunião da CPI. A partir daí, foi incentivado a denunciar. Após fazer uma ressalva e elogiar a atuação de dezenas de profissionais de saúde que o atenderam, ele disse ser “testemunha viva da politica criminosa da corporação e de seu dirigentes”. Tadeu Frederico de Andrade disse que, tendo sobrevivido, tem a obrigação de denunciar os fatos graves que vivenciou. 

Tadeu Frederico Andrade afirmou que sua família foi procurada por médicos da Prevent Senior para convencê-la de que ele deveria seria retirado da UTI e passar a ter apenas tratamentos paliativos. Segundo Andrade, os médicos informaram que seu caso não tinha mais solução, pois ele estaria com rins e pulmões comprometidos.

“O argumento foi de que seria mais confortável e digno para o paciente morrer com a bomba de morfina.”

O depoente disse que os médicos só desistiram de removê-lo da UTI após os familiares ameaçarem procurar a Justiça e a mídia.

Tadeu Frederico de Andrade acredita que outros pacientes da Prevent Senior foram encaminhados para os chamados “cuidados paliativos”. Segundo parlamentares da CPI, a medida era adotada pela operadora de saúde para retirar pacientes dos leitos de UTI e reduzir custos.

” Pelo menos um caso. Uma das minhas filhas relatou que fez amizade com uma mulher que estava acompanhando a avó dela num leito de UTI próximo ao meu. Elas se encontraram várias vezes. Pelo que a gente sabe, essa senhora foi para cuidados paliativos e veio a óbito. Não posso generalizar, mas esse caso minha filha testemunhou. Eu não fui o único. Acredito que muitos mais tenham ido a cuidados paliativos” disse Tadeu de Andrade.

Fonte: Agência Senado

Foto: Agência Senado: Pedro França

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