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jun 04 2018

A DEMISSÃO (renúncia forçada) DE PARENTE É A CONCRETIZAÇÂO DO FRACASSO ANUNCIADO

HELIO FERNANDES

Desde que assumiu, tinha a obsessão: recuperar a Petrobras, única
preocupação.

Utilizou, desde o primeiro dia, política corretíssima,
apesar de exagerada. Aumentar, aceleradamente, os preços dos produtos da empresa, consumidos pela populaçãonteira.

Só que não percebeu ou esqueceu que, à medida que a Petrobras se recuperava, o pais se arruinava.

Não parou para reavaliação, não imaginou, acreditou ou se convenceu que precisava pensar no país.

Arrogante, não conversou com ninguém, nem mesmo com Moreira Franco. ministro das Minas e Energia, teoricamente acima dele, e que pretendia salvá-lo.

Moreira desapareceu durante oito dias. Só reapareceu no nono, quando Parente já estava demitido – perdão, “suicidado”.

No apogeu do que começou de forma legitima como greve dos
caminhoneiros autônomos. E no segundo dia se transformava no
terrorismo criminoso do locaute.

O presidente usurpador deixou escapar no Planalto: “Estou pensando em demitir o presidente da Petrobras”.

Parente soube, comentou muito no seu estilo: “Não me passa
pela cabeça deixar a presidência da empresa”.

(Publiquei com exclusividade as duas afirmações. Era informação. Mas não reconhecia ou admitia, que uma semana depois se transformaria numa realidade, lancinante e assustadora).

Uma semana depois, Parente telefonou para Temer: “Presidente, estou indo para o Planalto, preciso falar com o senhor com urgência.”

E aí, uma cena patética. Parente tira do bolso um documento, diz para o presidente usurpador: “È a minha carta de demissão irrevogável, prefiro ler para o senhor”.

Então lê o que vai deixar com o presidente. (Tudo
isto é bastidor).

Nessa carta, está a confissão: “Não sou mais uma referência
positiva”.

Deveria ter dito:”Hoje, represento um ponto negativo”.
Depois da recuperação, ficaria mais perto da realidade. Houve uma fase favorável, com a Petrobras em ascensão. Mas com a alta alucinada, e a renúncia inesperada, Pedro Parente entra na lista dos mais clamorosos presidentes da empresa.

(Pior do que ele, só o “japonesinho” Shigeaki Ueki, que roubou
fortunas da empresa. Protegido pelo general torturador e assassino,
“presidente” Ernesto Geisel).

PS- Tanto faz dinheiro roubado (Ueki) ou desperdiçado (Parente).

PS2- Ao se despedir, Parente comete o último erro ou equivoco. Diz
para o usurpador: “Passarei o cargo interinamente ao presidente do
Conselho, Ivan Monteiro”.

PS3- Enterrou a empresa e deixou alguém para chorar no velório

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