RENATO RIELLA
O Brasil tem muitas coisas revoltantes. Há muitos fatos escabrosos neste país tropical.
Um dos abusos mais graves é a existência de um conselheiro do Tribunal de Contas do DF que recebe salário mensal acima de R$ 20 mil e que nunca precisa aparecer para trabalhar.
Desde 2010, o eterno braço direito de José Roberto Arruda, chamado de Domingos Lamoglia, ganha sem trabalhar. Nessa brincadeira, já recebeu do DF mais de R$ 1,2 milhão, na moleza.
Ele é um dos principais denunciados dentro do escândalo denominado de Caixa de Pandora, aparecendo nos vídeos de Durval Barbosa ao embolsar granas de valores imprevisíveis.
A Caixa de Pandora estourou no dia 27 de novembro de 2009 e ele acabava de ser nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do DF pelo próprio Arruda, seu eterno patrão.
Só para lembrar, Domingos Lamoglia é o principal implicado no escândalo do Painel do Senado. Foi ele que, na madrugada, buscou no Prodasen a lista dos votantes, fraudada a mando do Arruda e do senador Antonio Carlos Magalhães, o Malvadeza.
Quando o escândalo do GDF estourou, em 2009, Lamoglia ficou impedido de assumir o posto de conselheiro do TCDF, mas estranhamente recebe, até hoje, salários e outros benefícios sem trabalhar. Além disso, a sua existência impede que outro conselheiro seja nomeado, o que complica os trabalhos do tribunal.
Pelos desmandos da Caixa de Pandora, Domingos responde a processo no Superior Tribunal de Justiça.
Agora, enfrenta uma ação popular na Vara da Fazenda do Tribunal de Justiça do DF, na qual cidadãos brasilienses tentam anular sua nomeação.
Em meio a tudo isso, pergunta-se: se a nomeação for anulada, o que acontecerá com a fortuna que ele já recebeu do Estado?
Boa pergunta para você, caro leitor, que deve estar ralando nesta quinta-feira de muito calor!
