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jan 20 2018

Adasa não serve para nada, mas Rollemberg não reconhece isso

pau

 

Com vocês, o inexplicável Paulo Salles, presidente da Adasa 

 

RENATO RIELLA

Paulo Salles é o presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), uma entidade que onera em muitos milhões o orçamento do DF – e não serve para nada.

Na verdade, o grande “papel” da Adasa é dar cobertura à Caesb na fixação de aumentos de tarifas inexplicáveis. Esta agência, recheada de técnicos de alto salário, mostrou-se desnecessária, ao não antever a crise hídrica do DF, que foi repentinamente informada à população no início de 2017, sem nenhum aviso prévio.

Foi assim: “Temos uma notícia para dar a vocês – ACABOU A ÁGUA. E se virem!”

E logo seguiu-se o tenebroso racionamento, que persiste por mais de um ano, sem sinal de que será flexibilizado – apesar das chuvas intensas das últimas semanas.

Este Paulo Salles, que ficou desconhecido durante décadas na história de Brasília, é personagem ligada diretamente ao governador Rodrigo Rollemberg, que não admite ter outro nome à frente da Adasa.

Nessa condição, o presidente da agência desreguladora veio a público esta semana advertir que a sociedade precisa estar preparada para viver com menos água e que isso implica, do ponto de vista tecnológico, na aposta em técnicas de reúso da água.

É um ser humano sem senso de conveniência, que passa à sociedade uma declaração desse tipo no momento em q     ue o governador anuncia a ligação do DF com a Barragem de Corumbá IV, garantindo água pelo menos no prazo de mais 30 anos.

Paulo Salles falou coisas óbvias, que têm a ver com a conscientização da população. Mas deveria ter reconhecido, com letras de ouro, que o povo de Brasília teve papel digno e responsável neste ano de racionamento.

Vejam a declaração óbvia de Paulo Sales:

– “Precisamos rever nossos conceitos com relação ao uso da água e com relação à maneira como estamos tratando os recursos naturais que garantem a permanência da água nos ecossistemas. É um processo educacional que já vem sendo feito e acredito que esses momentos de dificuldade que estamos vivendo estimulam ainda mais nosso empenho no sentido de mudar essa cultura e tornar a população mais bem-educada”, disse, ao se referir à crise hídrica em parte do país, como se estivesse sendo original e criativo.

Além da necessidade de se avançar em técnicas de reúso, Salles também defendeu a busca por outras fontes de abastecimento, como a dessalinização da água do mar em cidades litorâneas e, particularmente, no Nordeste brasileiro.

O “especialista” lembrou que o Brasil sempre chamou a atenção do mundo em razão do volume de água doce acumulada. Para ele, o país tem também uma legislação avançada e instituições com bom desempenho no setor.

A grande discussão a ser feita, sem a participação de Paulo Salles, é: qual o custo-benefício da Adasa?

Por que a Adasa não interage com a sociedade de forma efetiva?

Quais as propostas de modernização na busca e no consumo de água em Brasília?

Por que a Adasa não questiona duramente a Caesb sobre a perda de água nas ligações ainda precárias?

Teremos de eleger um novo governo para transformar a Adasa em algo útil à vida de Brasília. É a saída!

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