RENATO RIELLA
O jornalista Eduardo Brito, na coluna Do Alto da Torre, no Jornal de Brasília, anuncia que Joaquim Roriz quer ser candidato a governador em 2014. Acredito mesmo que ele sonhe com isso, mas enfrenta duas grandes barreiras, talvez intransponíveis.
Uma delas é o seu estado de saúde. Faz hemodiálise e isso limita muito o raio de ações de qualquer ser humano.
O segundo motivo é a inelegibilidade, gerada pela renúncia ao Senado, quando fugiu de processo no Conselho de Ética da Casa. A Lei da Ficha Limpa é clara nesse sentido. Ótimos advogados podem tentar argumentar isso ou aquilo, mas o caso parece muito claro.
Se Roriz não for candidato, certamente ele tem uma transferência de votos acima de 20%, a depender do candidato que apoiar. O que fez na eleição passada, quando conseguiu levar sua mulher, Weslian Roriz, para disputar um segundo turno com o petista Agnelo Queiroz, foi casual. Na verdade, Weslian concorreu usando na urna o nome Roriz, pois o candidato registrado originalmente foi seu marido. Numa campanha normal, as coisas podem ser mais difíceis.
AGNELO E FILIPPELI NA
LINHA DAS DÚVIDAS
O grande fator de observação no momento é o relacionamento do governador Agnelo com seu vice, Tadeu Filippelli (PMDB). Há claras situações de crise entre o PT e o PMDB. Hoje ninguém pode apostar que os dois partidos possam sair juntos na eleição de 2014, repetindo o sucesso de 2010. Isolados, ambos parecem inviáveis – mas isso depende do nível e da composição dos concorrentes.
Há muita gente discutindo política, mas as peças não estão minimamente formadas. Tudo pode acontecer. No meio, teremos uma Copa do Mundo, além do apoio muito explícito que a presidente Dilma Rousseff está dando ao governador Agnelo (até surpreendente). Estaremos de olho. Por enquanto, não acredite em ninguém (nem mesmo neste BLOG, que tenta ser isento, embora se arrepie com a ameaça da volta do Arruda)
