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jun 29 2023

Banco Central aumenta projeção de crescimento do PIB de 1,2% para 2%

BC adia em seis meses exigência de capital para grandes fintechs | Agência Brasil

O Banco Central (BC) elevou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) passou de 1,2% para 2%, em razão de “surpresas positivas em algumas atividades da indústria e do setor de serviços no primeiro trimestre, além de melhora nos prognósticos para a agricultura”. A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (29).

“A atividade econômica apresentou forte crescimento no primeiro trimestre (1,9%), superando amplamente as expectativas. O resultado repercutiu sobretudo o desempenho do setor agropecuário. Por sua vez, a evolução da demanda doméstica e dos componentes da oferta mais sensíveis ao ciclo econômico reforça a avaliação de arrefecimento da atividade econômica”, explicou o BC no relatório.

“Apesar dessa elevação, a projeção continua refletindo cenário prospectivo de desaceleração da atividade econômica em 2023, sob influência da diminuição do ritmo de crescimento global e dos impactos cumulativos da política monetária doméstica [alta da taxa básica de juros]”, alertou a autarquia.

Em 2022, a economia brasileira cresceu 2,9%, após alta de 5% em 2021 e recuo de 3,3% em 2020. O setor de serviços foi o que mais contribuiu para o crescimento do PIB no ano passado. Segundo o BC, os segmentos do setor foram severamente afetados pela pandemia da covid-19, inicialmente, mas desde então apresentam trajetórias de crescimento.

do que seria compatível com o atual estágio de política monetária, sendo um risco negativo para a atividade econômica. Na atual publicação, “a despeito do risco continuar”, o BC sugere que as concessões de crédito com recursos livres “têm evoluído em linha com o esperado”.

De acordo com a instituição, contribui para a diminuição dos riscos o avanço na criação do novo regime fiscal, “que reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública”. Desde o último Relatório de Inflação, novas medidas foram apresentadas ou estão em discussão e o Ministério da Fazenda também sinalizou o interesse na diminuição de benefícios tributários.

Ainda assim, no relatório, a avaliação é de que a aprovação do novo regime fiscal na Câmara dos Deputados e o anúncio de ações para aumento de receitas “ainda não impactaram de forma significativa as projeções dos analistas para as variáveis fiscais”. O BC incorpora as expectativas de mercado nas decisões de política monetária (sobre juros).

No ambiente externo, entre os possíveis riscos para o crescimento global, o relatório cita a persistência de pressões inflacionárias nos países centrais, que pode requerer aperto monetário mais prolongado, com efeitos sobre a atividade econômica; o ritmo de reabertura e recuperação da economia chinesa e os riscos oriundos dos ajustes no setor imobiliário do país; e reflexos dos episódios recentes envolvendo bancos no exterior, apesar do contágio limitado sobre as condições financeiras até o momento.

Segundo o BC, as projeções de inflação caíram para todo o horizonte considerado. A inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar este ano em 5%, no cenário com taxa básica de juros em 12,25% ao ano e câmbio em R$ 4,85. No relatório de março a projeção era 5,8%.

O BC também projeta que a inflação deve ser de 3,4% em 2024 e de 3,1% em 2025. Nessa trajetória, a taxa Selic chega ao final de 2024 e 2025 em 9,5% e 9% ao ano, respectivamente.

O relatório destaca que a chance de a inflação oficial superar o teto da meta este ano caiu de 83% no relatório de março para 61% agora em junho.

A meta para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25% de inflação, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Para 2024 e 2025, o CMN estabeleceu meta de 3% para o IPCA, nos dois anos, também com 1,5 ponto percentual de tolerância.

Fonte; Agência Brasília – Andreia Verdélio

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