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nov 27 2017

Biblioteca Nacional de Brasília ganha mais de 100 livros de autores negros

biblioteca

Na última semana do Mês da Consciência Negra, o acervo de escritores negros na Biblioteca Nacional de Brasília ganhará uma autenticação especial. Amanhã (28) será lançado o Selo Maria Firmina dos Reis, criado pela Secretaria de Cultura. O evento terá, a partir das 19h, um sarau poético com as escritoras Conceição Evaristo, Meimei Bastos, Pietra Sousa e Tatiana Nascimento.

Em homenagem ao centenário de morte da primeira romancista brasileira, que dá nome ao selo, a secretaria também investe na ampliação do acervo da biblioteca, que receberá mais de 100 livros de autores negros Os livros estarão  disponíveis para empréstimo a partir de quarta-feira.

Um dos destaques da nova coleção é a produção feminina negra na literatura. Entre os títulos que comporão o acervo está o primeiro livro publicado por uma mulher negra no Brasil, em 1859.

Escrito em um contexto de segregação social e racial, Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, é um romance abolicionista que apresenta forte imersão em elementos da cultura africana e inova ao retratar a escravidão do ponto de vista dos próprios escravos.

Outro livro raro que estará disponível nesta semana é o Água Funda, primeiro romance de Ruth Guimarães. A edição que chega à biblioteca é datada de 1949.Ruth foi a primeira autora negra a receber reconhecimento nacional. Água Funda mostra o universo caipira do Vale do Paraíba, remontando aos tempos da escravidão.

Além das raridades, toda a obra da poetisa mineira Conceição Evaristo compõe a coleção do Selo Maria Firmina dos Reis.Uma das principais expoentes da literatura brasileira atual, Conceição ganhou também projeção internacional, com livros traduzidos em outros idiomas.

 

Para Tatiana, a identificação especial vai ajudar a dar visibilidade à literatura afro-brasileira. “Ainda mais em uma biblioteca situada no centro de Brasília, de fácil acesso para todos.”

Fundadora da Padê Editorial, editora de livros artesanais dedicada à publicação de autoras negras de fora dos grandes circuitos literários, Tatiana também promove oficinas de poesia escrita e falada.

A Biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 20 h; sábados e domingos, de 8h às 14h.

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