Presidente Bolsonaro recebeu ontem sete empresários ligados aos 17 setores que são beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos.
De forma surpreendente, ele disse que decidiu manter esses setores sem tais obrigações por mais dois anos. Em troca, porém, pediu aos empresários que ajudem o Governo a aprovar a PEC dos Precatórios no Senado.
O projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Atualmente, empresas dos 17 setores beneficiados pagam alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Querem manter este benefício.
As empresas contempladas com a desoneração empregam seis milhões de pessoas em todo o Brasil.
O benefício fiscal terá um custo anual de R$ 10 bilhões para o Governo Federal.
SAFRA – Estimativa para a safra agrícola de 2022, divulgada pelo IBGE, prevê 270,7 milhões de toneladas de grãos, cereais e leguminosas.
Poderá ser um recorde da série histórica, iniciada em 1975, com aumento de 7,8% em relação às estimativas deste ano, o que representa 19,5 milhões de toneladas a mais.
A produção é puxada pelo milho, após uma queda grande na safra do grão deste ano, por causa da falta de chuvas. A alta do dólar incentiva os produtores na próxima safra.
IBGE prevê crescimento de 0,8% na produção de soja, com 1,1 milhão de toneladas a mais; de 2,4% no algodão herbáceo em caroço, com 84,9 mil toneladas, 12,8% no sorgo, com 302,4 mil toneladas; 6,9% no feijão primeira safra, com 80,9 mil toneladas, e aumento de 9,8% no feijão segunda safra, com previsão de 101 mil toneladas.
A pesquisa estima quedas nas produções do arroz, de 3,9% ou 451,6 mil toneladas; do feijão terceira safra, de 0,9% ou 5,1 mil toneladas, e do trigo, de 10% ou 785,8 mil toneladas.
IBGE aponta que a estimativa de outubro para a safra de 2021 é de 251,2 milhões de toneladas, o que representa 1,2% ou 3 milhões de toneladas a menos do que a obtida em 2020.
COMÉRCIO – Vendas do comércio varejista no Brasil caíram 1,3% na passagem de agosto para setembro. É a segunda queda seguida, segundo o IBGE.
O impacto da pandemia na receita das empresas está diminuindo, com apenas 2,3% delas dando essa justificativa para a diminuição ou crescimento.
O principal fator que influenciou os resultados do comércio em setembro foi a alta da inflação, além de mudanças nos juros, que afetaram o crédito.
Seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em setembro. As maiores quedas foram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,5%) e combustíveis e lubrificantes (-2,6%). Vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 1,5%.
No comércio varejista ampliado, que inclui, veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 1,1% em setembro na comparação mensal.
FERIADO – Vale lembrar que segunda-feira (15) é feriado: Dia da República.
VACA LOUCA – Fiocruz afastou ontem boato de que dois pacientes, que estavam com suspeita de Encefalopatia Espongiforme Bovina, teriam a chamada doença da vaca louca.
Na verdade, “estão com suspeita da forma esporádica da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), considerando os aspectos clínicos e radiológicos”.
Essa forma esporádica não tem relação com o consumo de carne.
SOLAR – Presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, anunciou o financiamento de placas solares pelo banco.
A estimativa da CEF é que as placas reduzam em 95% o custo da energia dos usuários por mês.
AUXÍLIO BRASIL – Presidente Bolsonaro sancionou lei que remaneja R$ 9,3 bilhões do orçamento do Bolsa Família para o novo programa do governo, o Auxílio Brasil, que poderá ser pago ainda este ano, antes da aprovação da PEC dos Precatórios, que pode garantir este benefício em 2022.
BNDES – Lucro de R$ 26,4 bilhões obtido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos três primeiros trimestres de 2021 é 93% superior ao mesmo período do ano passado.
Considerando apenas o terceiro trimestre desse ano, o lucro foi de R$ 11,3 bilhões.
FUTEBOL – Ao vencer ontem a Colômbia por 1×0 em São Paulo, pelas Eliminatórias, a Seleção Brasileira de Futebol classificou-se formalmente a disputar a Copa do Mundo de 2022, no Catar, em novembro do próximo ano.
BRASIL – São 123.407.869 brasileiros que receberam as duas doses ou a dose única contra Covid-19 no Brasil, o que representa 57,85% da população.
Os que tomaram a primeira dose são 156.632.260 (73,43%).
Dose de reforço foi aplicada em 11.351.696 pessoas (5,32%).
Média móvel de mortes pela Covid-19 no Brasil, nos últimos sete dias, ficou em 230.
Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -30% e aponta queda.
Ontem, no Brasil, foram registrados 188 óbitos, elevando o total a 610.224.
AGENDA – Presidente Bolsonaro parte hoje de manhã para Lisboa (Portugal), de onde segue para viagem oficial de negócios a Dubai e Emirados Árabes Unidos.
ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,404, com recuo de R$ 0,096 (-1,74%).
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, em processo de recuperação, atingiu 107.595 pontos, com alta de 1,54%.
Por RENATO RIELLA