O Brasil caiu dez posições em 2023 no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) divulgado hoje (30). A taxa é o principal indicador sobre corrupção no mundo e é medida pela Transparência Internacional.
Hoje, o País ocupa a 104º colocação entre os 180 países avaliados, com a nota de 36/100. A Dinamarca ficou em primeiro lugar, com a avaliação de 90/100, seguida pela Finlândia, com 87 e Nova Zelândia, com 85.
As notas variam de 0, para as regiões consideradas mais corruptas, e 100, que indica uma política anticorrupção forte. A avaliação deixa o Brasil abaixo da média global e a média regional das Américas, com 43 pontos, além de ficar ainda mais distante das notas dos países do G20. (Veja a nota da CGU ao final do texto)
Em nota, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que vem restabelecendo a estrutura dos conselhos de políticas públicas, espaços essenciais – como reconhece o relatório da TI – para a prevenção e o controle da corrupção.
“Também estamos fortalecendo a integridade dos órgãos federais e colaborando para a implementação de programas de integridade pública, fomentando a adoção de mecanismos de prevenção à corrupção por empresas e aprimorando mecanismos de detecção e sanção de corrupção”, completa.
O ranking leva em conta dados de 13 fontes, que medem as impressões de empresários e especialistas sobre o nível de corrupção no setor público. A posição mais alta do Brasil foi alcançada em 2012, quando o país marcou 43 pontos e ficou em 69º lugar em uma lista com 176 países.
Veja a nota na íntegra:
Há de ressaltar, no entanto, que estudos internacionais discutem as limitações metodológicas de índices baseados em percepção, por isso seus resultados devem ser vistos com cautela. Diversos organismos internacionais – entre eles ONU, G20 e OCDE – têm discutido a elaboração de novas medidas sobre o tema. A corrupção é um fenômeno complexo e nenhum indicador consegue medir todos os seus aspectos.
A CGU trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas, contratações e outras ações do Estado. Também estamos fortalecendo a integridade dos órgãos federais e colaborando para a implementação de programas de integridade pública, fomentando a adoção de mecanismos de prevenção à corrupção por empresas e aprimorando mecanismos de detecção e sanção de corrupção.”
Fonte: R7