Ministério da Economia informou que foram abertas no Brasil 4,026 milhões de empresas em 2021, recorde histórico em um ano.
No mesmo período, foram fechadas 1,410 milhão de empresas. O saldo de novos negócios ficou positivo em 2,615 milhões.
O quantitativo de empresas abertas representa aumento de 19,7% em relação a 2020. Atualmente, há 18,915 milhões de empresas ativas no Brasil.
O estado do Amapá foi o que apresentou o maior crescimento percentual de empresas abertas em 2021, com aumento de 40,9%, seguido por Alagoas (39,2%), Piauí (33%), Paraíba (31,1%) e Bahia (30,6%).
Do total de empresas ativas no Brasil, quase metade (48,5%) é do setor de serviços, seguida pelas empresas de comércio (33%), indústria de transformação (9,3%), construção civil (7,9%), agropecuária (0,7%), extrativa mineral (0,1%) e outras (0,5%).
Em relação ao tipo de negócio, a grande maioria, cerca de 13,2 milhões – do total de 18,9 milhões – são empresas individuais, incluindo o microempreendedor individual (MEI).
Em seguida, vêm as empresas de Sociedade Empresária Limitada, com 4,4 milhões de registros.
INDÚSTRIA – Produção industrial brasileira fechou 2021 com alta de 3,9%, segundo o IBGE.
No primeiro semestre de 2021, a trajetória foi mais crescente, e o ganho acumulado chegou a ser de 13%.
Mas, no segundo semestre, houve perda de fôlego e a produção teve sequência de quedas.
Em 2021, os destaques ficaram para os resultados de Santa Catarina (10,3%), Minas Gerais (9,8%) e Paraná (9%), os primeiros em crescimento absoluto, além de São Paulo (5,2%).
Onze das 18 atividades da indústria paulista cresceram no ano, com destaque para o setor de veículos, onde caminhões, automóveis e caminhão-trator para reboques tiveram os aumentos mais relevantes.
INFLAÇÃO – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, considerado a inflação oficial, ficou 0,54% em janeiro, após ter registrado taxa de 0,73% em dezembro, segundo o IBGE.
Foi a maior variação para um mês de janeiro desde 2016 (1,27%).
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O índice de janeiro foi impactado principalmente pela alta dos preços de alimentos (1,11%) e pelo recuo nos transportes, principalmente com a queda nos preços da gasolina (-1,14%), do etanol (-2,84%) e das passagens aéreas (-18,35%).
COMÉRCIO – No Brasil, o comércio fechou 2021 com alta de 1,4%.
Foi o quinto ano consecutivo com resultados positivos para o volume de vendas no varejo. Em 2019 e 2020, o setor registrou altas de 1,8% e 1,2%, respectivamente.
O crescimento em 2021 foi puxado pelos resultados do primeiro semestre, quando houve alta de 6,7%. Já os últimos seis meses do ano vieram com resultado negativo, acumulando queda de 3%, segundo o IBGE.
No acumulado de 2021, a maior queda, de 16,9%, foi registrada em livros, jornais, revistas e papelaria (-16,9%), seguida por móveis e eletrodomésticos (-7,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%).
VENDA DA OI – Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda da Oi Móvel para Tim, Claro e Telefônica, que estão pagando R$ 16,5 bilhões por essa negociação.
Os novos proprietários terão de alugar parte dos seus espectros a outras operadoras. E deverão realizar ofertas de comercialização de estações de rádio base.
O Ministério Público não recomendou a aprovação do acordo. Argumentou que outras operadoras seriam impedidas de entrar no mercado brasileiro caso a ação fosse autorizada.
FEDERAÇÕES – Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a constitucionalidade das federações partidárias, que poderão ser formadas até 31 de maio para poderem valer nas eleições deste ano.
Os partidos que se unirem em federação deverão manter esta condição durante quatro anos.
POLICIAIS – Câmara dos Deputados aprovou o Programa Nacional de Apoio à Aquisição de Habitação para Profissionais da Segurança Pública (Habite Seguro).
A pauta é uma das prioridades do Governo, que tenta apoiar a categoria dos policiais. O projeto deve seguir para apreciação do Senado.
AGROTÓXICOS – Com 327 votos do total de 513 deputados federais, a Câmara aprovou regime de urgência para o Projeto de Lei 6299/02, que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil. A proposta será votada rapidamente e tem apoio do Governo Federal.
Entre outros pontos, o projeto altera a nomenclatura de “agrotóxicos” para “pesticidas” e facilita a importação de defensivos químicos.
Ambientalistas contestam este projeto, que pelo visto tem maioria folgada na Câmara para ser aprovado.
TRATAMENTOS – Senado aprovou o projeto que trata da atualização e incorporação obrigatória de novos tratamentos a serem custeados pelos planos de saúde, incluindo a cobertura da quimioterapia oral domiciliar.
A proposta advém de Medida Provisória 1.067/2021, cuja validade expirava hoje.
A iniciativa do Executivo altera a legislação vigente para ampliar o rol de procedimentos e eventos em saúde da Agência Nacional de Saúde (ANS).
Ou seja, a MP permitirá a inclusão de novos tratamentos para cobertura das operadoras de plano de saúde, incluindo a quimioterapia oral e domiciliar.
OMS – Organização Mundial da Saúde pediu aos países ricos a doação urgente de U$S 16 bilhões para a luta global contra a Covid-19.
“A Ciência nos deu as ferramentas para lutar contra a pandemia”, disse o diretor-geral da Organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Se elas forem divididas em nível mundial, de maneira solidária, podemos colocar um fim na epidemia”.
BRASIL – Foram registrados 1.264 óbitos pela Covid-19 no Brasil ontem, elevando o total a 635.074.
Média móvel de mortes subiu para 873.
QUARTA DOSE – Governador de São Paulo, João Dória, anunciou que quarta dose da vacina contra a Covid-19 vai passar a ser aplicada no estado.
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pretende discutir esta decisão.
AGENDA – Hoje às 17h30, no Palácio do Planalto, Presidente Bolsonaro participa da cerimônia de divulgação dos novos critérios de desconto e renegociação das dívidas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).
ECONOMIA – Dólar caiu ontem 0,64%, cotado a R$ 5,2269, menor valor desde 13 de setembro do ano passado.
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, cresceu 0,20%, para 112.461 pontos.
Por RENATO RIELLA
