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abr 26 2024

Brasil volta a produzir insulina depois de duas décadas

Brasil retoma produção de insulina depois de duas décadas

Depois de 23 anos, o Brasil volta a produzir insulina. Para marcar esta retomada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou hoje (26) da cerimônia de inauguração da planta de produção de insulina da Biomm, em Nova Lima, Minas Gerais. A produção tem potencial para atender 1,9 milhão de pacientes.

Com investimento de R$ 800 milhões, a fábrica tem capacidade para suprir a demanda nacional de insulina e favorecer o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento.

O Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF). A iniciativa é parte da nova estratégia para orientar a produção e a inovação nacional em saúde para atender ao Sistema Único de Saúde (SUS) e para cuidar das pessoas, gerando emprego, renda e investimento no Brasil.

Durante o evento, Lula disse que a fábrica de insulina é a primeira de uma série de empreendimentos na área da saúde e defendeu o SUS.

“O Brasil é o único País do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que tem uma coisa extraordinária como o SUS, que tem um poder de dar escala a qualquer empreendimento na área da saúde. Um pais soberano precisa de uma indústria nacional forte. Um país soberano precisa, sobretudo na área da saúde, produzir aquilo que falta. A Biomm vai estar no mercado, oferecendo insulina ao nosso SUS a um preço acessível, para que a gente possa distribuir de graça aos brasileiros que sofrem de diabetes”, disse o presidente Lula

A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de carpules (refis) de insulina glargina por ano – e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade, de 12 mil metros quadrados de área construída, gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos, num benefício para mais de seis mil pessoas.

Durante o evento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm assinaram um protocolo de intenções para desenvolver um programa de cooperação mútua, voltado para plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas.

O objetivo é desenvolver projetos alinhados com políticas que busquem o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde e maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o Sistema Único de Saúde.

A Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), lançada pelo Presidente Lula em setembro de 2023, tem como objetivo expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS, reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros e assinala o compromisso com as demandas da sociedade brasileira, integrando uma nova proposta de industrialização do país, voltada à inclusão de todas as pessoas, com sustentabilidade social e ambiental e geração de emprego e renda. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a retomada da estratégia.

“Para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde, que leve os produtos à população, temos que ter uma politica industrial. E isso é que marca esse conjunto de parcerias. Com a nova estratégia, nós temos certeza que vamos avançar juntos com tantos outros empreendimentos públicos e privados. Para isso precisamos fortalecer o Estado e sua capacidade de políticas Públicas”, afirmou a ministra da Saúde.

Fonte: Gov

Foto: PR/Ricardo Stuckert

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