VALÉRIA VELASCO. Brasília perdeu hoje uma pessoa marcante na vida da cidade desde a década de 70. Um ser iluminado se foi, depois de alguns dias em hospital, como consequência de problemas cardíacos.
Poderia escrever até um livro sobre Valéria Velasco, mas vou dizer o essencial: foi a pessoa mais idealista que conheci, sempre sonhando com um mundo melhor, com muita garra.
Vocês talvez lembrem apenas da Valéria que teve o filho adolescente Marquinho morto por filhinhos-do-papai na Asa Norte.
Mas antes disso ela já lutava contra as injustiças, em tom muito suave, voz baixa e energia elevadíssima.
Devemos chorar pela partida da Valéria, mas lá de cima ela zelará por nós.
Registro que convivi com ela longamente, todo dia, na década de 70, no Ministério do Interior, onde se iniciavam questões hoje consolidadas, como defesa do meio ambiente e defesa dos índios.
Jornalista e advogada, Valéria Velasco lançou no Brasil, a partir de Brasília, o conceito de proteção à vítima, que vivia esquecida pelo Estado e pela sociedade, depois de sofrer as agressões comuns da nossa vida.
Não preciso dizer muito mais. Já escrevi aqui que Valéria foi muito importante na minha vida. Um ser mais do que especial.
