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set 09 2014

COM TANTO ESCÂNDALO, EM QUEM ACREDITAR?

RENATO RIELLA

Desculpem, mas antes de ser jornalista, sou eleitor. E como eleitor estou perdido, em todos os planos, especialmente no plano federal.

Há três grandes grupos na disputa presidencial, mas as denúncias se alternam e a gente não sabe em quem acreditar.

A última é a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, o preso Paulo Roberto Costa, que tenta acertar uma amplidão de nomes no campo político.

A presidente Dilma Rousseff tem razão em procurar saber como vazou para a Veja o depoimento desse preso. Na verdade, não sabemos se o que foi publicado corresponde à realidade das denúncias, nem se houve triagem de nomes.

O morto Eduardo Campos aparece comprometido na delação premiada, ao lado de nomes já desgastados, como o presidente do Senado, Renan Calheiros.

O próprio Eduardo vai sendo lembrado na mídia por situações mal explicadas, como o avião Cessna no qual morreu.

Enquanto isso, muitos bilhões talvez desviados da Petrobras são citados, sem informação oficial sobre nada, ainda.

Fica parecendo que as campanhas eleitorais de Dilma Rousseff (PT) e de Marina Silva (PSB) estão contaminadas por escândalos, mas não esqueçamos do escândalo do Metrô de São Paulo, que atinge bases importantes do PSDB.

Assim, na reta final da campanha, o fogo cruzado vai girar em torno de bilhões desviados aqui ou ali. E o eleitor – nós – não sabemos em quem confiar, pois as informações são confusas. A Justiça ainda não se pronunciou e não temos outras opções na hora do voto.

É duro escolher candidato no Brasil. E vai ser entre os que estão aqui citados. Não há uma quarta saída.

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