“Seguindo um período de oscilações em 2023, o ICOM voltou a cair em abril. O resultado mantém o indicador em patamar baixo, com a média dos quatro primeiros meses ficando perto dos 85 pontos. Nesse mês, a queda foi puxada pela piora nas expectativas e com leve melhora no índice sobre a situação atual, mas ainda é necessária cautela dado que a recuperação não é expressiva e não está atrelada a um aquecimento da demanda. O cenário de curto prazo ainda permanece em nível desfavorável com ambiente macroeconômico desafiador e cautela dos consumidores”, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
A queda do ICOM em abril foi disseminada em quatro dos seis principais segmentos do setor e com diferentes sinais nos horizontes temporais.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) variou 0,5 ponto para 87,4 pontos, pelo terceiro mês consecutivo, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) que voltou a cair 7,0 pontos, para 80,3 pontos, menor nível desde abril de 2022 (79,6 pontos).
O ISA-COM é composto por dois indicadores: volume de demanda atual e situação atual dos negócios. No início do ano, a queda do índice foi influenciada principalmente pelo indicador que mede a situação atual dos negócios, que despencou em janeiro e recuperou parte dessa perda em fevereiro. Mas os dois últimos resultados do ISA-COM ainda demandam cautela: o ritmo lento, nível baixo do índice e a queda no indicador sobre volume de demanda mostram que um cenário ainda desafiador no retorno dessa trajetória favorável.
Fonte: Ascom/FGV Ibre