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nov 27 2023

Confiança do comércio tem terceira queda consecutiva

No mês de novembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 110,3 pontos, representando uma queda mensal de 1,9% e uma variação anual de -16,4%, comparado com novembro de 2022.

Embora as expectativas de faturamento do setor tenham aumentado por conta da Black Friday e do Natal, todos os indicadores do Icec apresentaram queda, com destaque para a avaliação das condições atuais (-5,4%), que mede a percepção quanto à economia, ao setor e à própria empresa. Os dados são da pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O setor varejista enfrenta perspectivas desafiadoras nos próximos seis meses por cauda das incertezas macroeconômicas no Brasil. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, aponta que o cenário é de cautela entre os empresários.

“O risco fiscal, os juros ainda elevados e a possível majoração dos tributos, advinda da reforma tributária, por exemplo, são fatores que contribuem para um sinal de alerta para a atividade econômica do País. O índice que mede as expectativas futuras do empresário do comércio teve redução de 0,6%, sendo a maior queda desde abril de 2021”, afirma Tadros. Ainda assim, o presidente ressalta que as duas próximas datas comemorativas (Black Friday e Natal) podem mudar a expectativa do empresário nos próximos meses.

O economista-chefe da CNC, responsável pelo levantamento do Icec, Felipe Tavares, explica que seis em cada dez empresários percebem uma piora na atividade econômica e no desempenho das vendas, refletindo as incertezas do panorama atual. “O cenário está crescendo a taxas decrescentes, ou seja, existem melhoras mensais, mas a taxa de crescimento é menor, comparada ao mês anterior. Por isso, a percepção em relação às próprias empresas atingiu 99,8 pontos, retornando a um nível abaixo de 100 pontos, algo que não ocorria desde junho de 2023”, avalia.

A intenção de investir na contratação de funcionários vem apresentando quedas consecutivas desde setembro e teve uma retração mensal de 1,1% em novembro. Mas, diante da necessidade de atender à demanda sazonal de fim de ano, a maioria dos comerciantes (69%) pretende aumentar o quadro de funcionários.

A confiança do empresário do comércio piorou nos três grupos de lojas do varejo: produtos de primeira necessidade (-5,1%); produtos duráveis (-2,5%); e produtos semiduráveis (-1,9%). Na comparação anual, o grupo de produtos duráveis registrou a redução mais intensa (-18,8%), já que são os mais afetados pelas condições de crédito, que segue seleto e caro.

Fonte: Ascom/CNC

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