O Conselho de Administração da Petrobras aprovou hoje (25), em assembleia geral dos acionistas, a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal.
Com a decisão, a União, que tem a maioria das ações da empresa, deve receber cerca de R$ 6 bilhões.
Em comunicado ao mercado, a Petrobras informou que a remuneração total aos acionistas referente a 2023 será de R$ 94,3 bilhões. Esse valor inclui as antecipações aprovadas ao longo do ano passado e pagas até março de 2024 (R$ 58,2 bilhões) mais a proposta de dividendos complementares no valor de R$ 36,1 bilhões, que equivalem a R$ 2,79957250 por ação ordinária e preferencial.
Segundo a Petrobras, esses dividendos complementares também serão atualizados com base na taxa básica de juros do país, a Selic, no período de 31 de dezembro a 2023 até hoje.
O acréscimo, nesse caso, será de R$ 0,09538421 por ação, elevando o valor para R$ 2,89495671 cada uma. Os pagamentos serão feitos em duas parcelas iguais, nos meses de maio e junho de 2024.
Os dividendos são uma parcela do lucro da companhia que é repartida entre os acionistas. Já o dividendos extraordinários (ou complementares) são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente.
A decisão de não pagar esses dividendos extras gerou polêmica para o governo federal durante uma votação da companhia no início de março. Na ocasião, as ações da Petrobras despencaram 10% na bolsa de valores brasileira em apenas um dia.
Segundo o blog de Julia Duailibi, o Palácio do Planalto deu aval para o pagamento dos outros 50% dos dividendos extraordinários restantes no segundo semestre deste ano.
Fonte: g1
Foto: EBC