O Conselho de Segurança da ONU aprovou, hoje (10), uma resolução de cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. O texto foi proposto pelos Estados Unidos, que pediu ao Hamas que a aceite. O placar da votação foi de 14 votos a favor, zero contra e 1 abstenção, da Rússia.
A aprovação do projeto, no entanto, não implica a adoção dos termos pelas partes em guerra (no caso, Hamas e Israel). Em março, o Conselho de Segurança já havia aprovado uma resolução de cessar-fogo imediato na guerra, que não foi cumprida.
A última versão do texto, à qual a agência de notícias AFP teve acesso, “saúda” uma proposta de trégua anunciada em 31 de maio pelo presidente americano, Joe Biden. Também afirma, diferentemente das versões anteriores, que o plano foi “aceito” por Israel.
O projeto de resolução demanda “as duas partes a aplicarem plenamente os seus termos, sem demora e sem condições”. A representante dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu para que o grupo terrorista Hamas também aceite o acordo, desenhado por Israel.
Em uma primeira fase, o plano prevê os seguintes termos: cessar-fogo com duração de seis semanas; recuo das forças Israel das áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza e libertação de certos reféns sequestrados durante o ataque do grupo terrorista Hamas e de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
“Queremos pressionar o Hamas para que aceite este acordo, é por isso que temos esta resolução, porque estamos prestes a conseguir algo realmente importante”, acrescentou o representante dos Estados Unidos, país que tem sido amplamente criticado por bloquear vários projetos de resolução que pediam um cessar-fogo em Gaza.
O Hamas ainda não reagiu oficialmente à proposta.
Embora Biden tenha afirmado que o plano surgiu de Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que pretende continuar a guerra até acabar com o Hamas.
Gantz estava pedindo um acordo de cessar-fogo e propunha que uma entidade independente, formada por americanos, europeus, palestinos e outros árabes, formassem uma organização para governar a Faixa de Gaza após a guerra.
Com a saída de Gantz, um moderado, do gabinete de guerra, a tendência é que os grupos mais conservadores tenham mais poder para tomar as decisões sobre a guerra.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em visita ao Oriente Médio, pediu hoje que os países da região pressionem o movimento islamista palestino para que aceite o acordo.
“Minha mensagem para os governos na região é que, se quiserem um cessar-fogo, pressionem o Hamas para que diga sim”, disse ele aos jornalistas no Cairo.
Fonte: g1