A Polícia Civil de São Paulo informou hoje (26) que o coronel do Exército Parra Dias guardava, no apartamento que pegou fogo em Campinas (SP), 111 armas de fogo – entre rifles, fuzis e espingardas – e três mil munições, além de uma granada. A perícia concluiu, ontem (25), que o fogo começou após um artefato explodir dentro de um cofre.
A detonação do artefato, ocorrida na noite de sábado (24), desencadeou uma série de explosões e o incêndio no imóvel. O apartamento é do coronel reformado e fica no primeiro andar do condomínio Fênix.
O militar deixou o prédio durante a evacuação e, segundo o boletim de ocorrência, permanecia “em local incerto” até a conclusão do registro, na madrugada de ontem.
O Comando Militar do Sudeste do Exército (CMSE) informou, em nota, que o militar possui certificado de registro válido como atirador, caçador e colecionador. “Está sendo realizada uma perícia no local para levantamento de mais informações e detalhamento do caso. Militares do Exército acompanham os trabalhos dos órgãos de segurança pública para colaborar com a elucidação dos fatos”.
Vídeos gravados por vizinhos do prédio atingido pelas explosões registraram o barulho das explosões causadas pelas munições armazenadas no apartamento que pegou fogo.
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM foi acionado para verificar a granada. A equipe não conseguiu concluir se ela estava carregada, mas levou para detonação em local seguro. Segundo a corporação, o explosivo é do modelo M36.
Trinta e quatro pessoas que inalaram fumaça precisaram de atendimento médico e foram encaminhadas para o Hospital Casa de Saúde e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São José — nenhuma em estado grave.
Ao todo, 44 pessoas que estavam em andares superiores foram retiradas do prédio, parte delas por meio de cordas, em uma manobra semelhante à técnica de descida em rapel.
Fonte: g1 – Gustavo Biano
Foto: Divulgação/Arquivo pessoal