Brasil manteve o forte ritmo de geração de empregos com carteira assinada em agosto, alcançando saldo positivo de 278.639 postos de trabalho formais no mês, segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do MTP (Novo Caged).
De janeiro a agosto, o saldo chegou a 1.853.298 postos gerados no ano, decorrente de 15.653.839 admissões e 13.800.541 desligamentos no período.
O resultado positivo em agosto ocorreu em todos os setores da economia, nas 27 Unidades da Federação.
Setor de Serviços apresentou ótimo desempenho no mês, gerando 141.113 vagas, seguido pela indústria, que gerou 52.760 postos formais.
Também foram positivos os saldos do comércio, (41.886); a construção civil, (35.156) e a agropecuária, que gerou 7.724 vagas no mês.
DEBATE – Ninguém pode prever qual o impacto do debate de ontem, da Globo, na eleição presidencial.
Houve nítida intenção de quatro candidatos em minar o potencial dos candidatos Lula e Bolsonaro, para gerar um segundo turno.
O estresse foi intenso.
O debate chegou a ser interrompido durante alguns minutos, diante do risco de embate físico entre o ex-presidente Lula e o candidato do PTB, Padre Kelmon.
Lula foi atacado por diversos concorrentes nas suas implicações na corrupção, principalmente com o Mensalão e Petrolhão.
Bolsonaro sofreu maior impacto por causa do orçamento secreto e pelas questões ambientais, além da compra de vacinas.
Só as pesquisas de última hora poderão indicar quem ganhou e quem perdeu no debate, que terminou às duas horas da manhã.
ELEIÇÃO – Pesquisa Datafolha, contratada pela Globo, mostra a disputa presidencial em votos válidos, com possibilidade de decisão em primeiro turno.
O resultado:
- Lula(PT): 50% (50% no levantamento anterior, em 22 de setembro)
- Bolsonaro (PL): 36% (36% na pesquisa anterior)
- Ciro (PDT): 6% (7% na pesquisa anterior)
- Tebet (MDB): 5% (5% na pesquisa anterior)
- Thronicke (União Brasil) : 1%
A pesquisa ouviu 6.800 pessoas entre os dias 27 e 29 de setembro.
2o turno:
- Lula: 54%
- Bolsonaro: 39%
PIB – Banco Central divulgou o Relatório Trimestral e melhorou a projeção de crescimento econômico em 2022, fixada em 2,7% e acima da estimativa inicial de 1,7%.
O relatório mostra previsão de alta de 1% para o Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.
DÉFICIT – Em agosto de 2022, o resultado primário do Governo Federal ficou com déficit de R$ 50 bilhões.
A receita líquida apresentou crescimento de R$ 10,3 bilhões, enquanto a despesa total registrou aumento de R$ 50,4 bilhões.
Secretaria do Tesouro Nacional prevê que o superávit primário poderá fechar o ano acima da previsão oficial de R$ 13,5 bilhões.
O pagamento de dividendos da Petrobras à União, os contingenciamentos recentes feitos para cumprir o teto de gastos e o empoçamento de recursos em ministérios poderão gerar esse resultado.
BAIXO CARBONO – Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou aos candidatos à Presidência da República propostas para promover a economia de baixo carbono no Brasil.
Elas estão voltadas à transição energética, ao estabelecimento de um mercado de carbono, à conservação florestal e à economia circular – esses são os quatro pilares de sustentabilidade da indústria.
A implementação dessas propostas garantiria o cumprimento dos compromissos brasileiros de redução de emissões, possibilitando que os benefícios para a economia de baixo carbono sejam aproveitados.
VENDAS – Confederação Nacional do Comércio prevê que as vendas para o Dia das Crianças podem registrar movimentação financeira de R$ 8,13 bilhões no Brasil.
O varejo pode apresentar retração de 3,1% em relação ao ano passado.
INFLAÇÃO – Ipea divulgou a previsão atualizada para a inflação brasileira em 2022.
A variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,6% para 5,7%, enquanto a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) recuou de 6,3% para 6%.
No acumulado de 12 meses, a inflação medida pelo IPCA recuou para 8,7% em agosto.
CONFIANÇA – O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getúlio Vargas, subiu um ponto em setembro, para 101,7 pontos, na escala de 200 pontos.
E o Índice de Confiança do Comércio subiu 2,4 pontos em setembro, ao passar de 99,4 para 101,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2019 (102,3 pontos).
ALUGUEIS – Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,95% em setembro, após queda de 0,70% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 6,61% no ano e de 8,25% em 12 meses.
Os aluguéis residenciais com vencimento no mês de outubro poderão ficar 8,25% mais caros.
RÚSSIA – Está previsto que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assine hoje acordos que irão anexar milhares de quilômetros quadrados do território ucraniano, conquistados na guerra.
Putin fará discurso e vai encontrar líderes russos das quatro regiões ocupadas, de acordo com o Kremlin.
JUROS – Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, indicou que a taxa básica de juros deve começar a cair em junho de 2023.
Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Entretanto, para 2023, o boletim Focus, do BC, prevê a taxa básica em 11,75%.
ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,396, com alta de 0,86%.
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, atingiu 107.664 pontos, com recuo de 0,73%.
Queda das bolsas norte-americanas e expectativa sobre as eleições brasileiras afetaram o mercado no Brasil nesta semana.
Por RENATO RIELLA
