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ago 07 2018

Denúncias envolvendo o Shopping Iguatemi comprometem áreas do GDF

O mundo político brasiliense acordou agitado por operação da Polícia Civil do DF que apura irregularidades envolvendo áreas influentes do Palácio do Buriti, a Administração do Lago Norte e a administração do Shopping Iguatemi, entre outros suspeitos.

Há também suspeita de favorecimento a pagamento de dívidas pela Secretaria de Saúde ao Hospital Home.

São 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4a Vara Criminal de Brasília, que estão sendo cumpridos nesta manhã, um deles dirigido ao ex-superintendente do Grupo Paulo Octávio, Marcelo Carvalho, por situações ligadas ao Iguatemi Brasília.

Há mandados também no Palácio do Buriti, sede do Governo do DF.

A Operação 12:26, da Coordenação de Combate ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária (CECOR), faz referência ao provérbio bíblico do Antigo Testamento, que diz: “O homem honesto é cauteloso em suas amizades, mas o caminho dos ímpios o leva a perder-se”.

Um dos investigados é o assessor especial da Casa Civil do GDF,  Marcello Nóbrega, que chegou a ser investigado na CPI da Saúde, da Câmara Legislativa, em 2015.  Nóbrega foi subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde e hoje tem cargo na Casa Civil.

Leonardo Rocha de Almeida Abreu, que é irmão do chefe de Gabinete da Casa Civil, Guilherme Rocha de Almeida Abreu, e o administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann, também são alvo da Operação.

Outros envolvidos são Luiz Fernando Messina, ex-assessor do distrital Rodrigo Delmasso (PRB), e o funcionário do gabinete Hermano Gonçalves de Souza Carvalho, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico no governo Agnelo Queiroz.

Os policiais cumprem mandado na casa de Marcelo Carvalho de Oliveira, que teria participado de reuniões com integrantes do GDF para tratar de interesses do Iguatemi. Denunciado na Operação Caixa de Pandora, Carvalho foi o principal executivo do grupo Paulo Octávio, um dos donos do Shopping Iguatemi.

Segundo o Correio Braziliense, a investigação teve início como desdobramento do inquérito relacionado à concessão do transporte público coletivo do DF. Os policiais descobriram indícios de que Messina se relacionou com os demais envolvidos para buscar vantagens no GDF a negócios em detrimento do interesse público.

A apuração é acompanhada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Segundo o site Metrópoles, a Polícia Civil apura irregularidades para mudança de destinação de uma área para ampliação do centro comercial, no Lago Norte.

De acordo com a Polícia, representantes do shopping estiveram no Palácio do Buriti duas vezes, entre 2016 e 2017, para conseguir aumentar a área de ocupação do empreendimento, mesmo em desacordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos).

Há suspeita também de favorecimento em pagamento de dívidas pela Secretaria de Saúde a hospitais particulares e de ilegalidades em contratos firmados pela Casa Civil.  

As investigações mostram que, em 2015, teria sido paga a quantia de R$ 1 milhão “a título indenizatório e sem cobertura contratual” ao Hospital Home.

Metrópoles afirma que denúncias contra Marcello Nóbrega não são novidades no governo Rollemberg. Ele foi investigado na CPI da Saúde, em 2016, por suspeita de favorecimento na liberação de recursos oriundos de emendas parlamentares a hospitais particulares.

Marcello Nóbrega teve o nome mencionado em conversas gravadas pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

 

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