Com 3,8 mil mortes por Covid-19, registradas ontem (23), o Distrito Federal tem uma taxa de 1.282 vítimas para cada um milhão de habitantes. A taxa é a maior do país, segundo pesquisa que analisou dados das Secretarias de Saúde dos estados e do DF, divulgados até domingo.
O levantamento, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Brasília (UnB), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Federal da Bahia (Uneb) e da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ-MG) foi divulgado nesta semana.
De acordo com a publicação, a curva de infecção da Covid-19 pode crescer na capital, com risco de segunda onda, já que há estimativa de que apenas 23% das pessoas tiveram contato com o vírus. A proporção de imunidade, ou ‘imunidade de rebanho’, que indica resistência à doença, deve ser de aproximadamente 70%.
O número de mortes por milhão de habitantes “reflete o estágio atual da pandemia, e quão eficazes foram as medidas de mitigação”, diz o estudo.
Os pesquisadores destacam que países que já estão em uma segunda onda de contaminação apresentam números semelhantes aos do Brasil, que é de 793 vítimas por milhão. Na França, o índice é de 746 e, nos Estados Unidos, 791.
Veja os números de morte por milhão de habitantes no Brasil:
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Reprodução/UnB
De acordo com o estudo, “é possível afirmar com alto grau de segurança que uma segunda onda de crescimento da pandemia já se iniciou em todo o país“.
A pesquisa aponta que a proporção de habitantes que tiveram contato com o coronavírus no DF é de 23%. No entanto, o percentual que considera possível resistência contra o avanço da doença, conhecida como imunidade de rebanho, é de aproximadamente 70%.
A Secretaria de Saúde do DF explica que trabalha com um inquérito epidemiológico que inclui a testagem de pessoas assintomáticas. Desta forma, o governo pretende descobrir o contato da população com o coronavírus, “para além das estatísticas de diagnosticados”.
De acordo com a pasta, o resultado da pesquisa, que pode contribuir para medidas de preparo para uma segunda onda no DF, deve ser publicado em dezembro.
Com informações de G1