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abr 21 2016

DILMA É CULPADA E OS QUE FICAM PODEM SER PIORES (É O RESUMO DE THE ECONOMIST)

 

MAGNO MARTINS (do Blog do Magno)

Depois de utilizar a imagem do Cristo Redentor para destacar a subida e a queda do Brasil, a revista britânica The Economist voltou a utilizar o símbolo da cidade do Rio de Janeiro.

Na capa da publicação desta semana, a revista traz a imagem do Cristo segurando um cartaz onde está escrito “SOS”.

No editorial, a revista destaca que a presidente Dilma Rousseff tem parcela de responsabilidade na crise econômica, mas os que trabalham para afastá-la do cargo “são, em muitos aspectos, piores” e cita o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como exemplo.

O texto diz, ainda, que “no curto prazo, o impeachment não vai resolver os problemas do país” e que o Brasil precisa realizar novas eleições gerais.

Segundo a publicação, a culpa pela situação não é apenas de Dilma, mas de toda a classe politica brasileira.

“O fracasso não foi feito apenas pela senhora Rousseff. Toda a classe política tem levado o País para baixo através de uma combinação de negligência e corrupção. Os líderes do Brasil não ganharão o respeito de volta de seus cidadãos ou superarão os problemas econômicos a não ser que haja uma limpeza completa”, diz o texto do editorial.

A The Economist diz que o atual governo foi incompetente para conduzir a economia de maneira a evitar a crise e cita que o PT se envolveu no escândalo de corrupção da Petrobras.

O editorial também afirma que Dilma tentou proteger o ex-presidente Lula das investigações da Operação Lava Jato ao nomeá-lo para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.

Apesar da citação, a revista destaca que “o que é alarmante é que aqueles que estão trabalhando para o seu afastamento são, em muitos aspectos, piores”.

“O PMDB também está perdidamente comprometido. Um dos seus líderes é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que presidiu o espetáculo do impeachment de seis horas no domingo. Ele é acusado pelo Tribunal Superior Federal de aceitar suborno da Petrobras”, cita a publicação.

Ainda segundo o texto, a acusação de pedaladas fiscais que embasaram o pedido de impeachment, parece “tão pequena que apenas um punhado de deputados se preocupou em mencionar isso em seus dez segundos” na votação da sessão que selou a abertura d processo.

Ainda segundo a revista, se Dilma cair por questões técnicas, “o senhor Temer vai lutar para ser visto como um presidente legítimo pela grande maioria dos brasileiros que ainda apoiam a senhora Rousseff”.

Em seguida, o editorial defende que a melhor maneira de evitar problemas futuros seria a realização de eleições gerais.

“Os eleitores também merecem uma chance de se livrar de todo o Congresso infestado de corrupção. Apenas novos líderes e novos legisladores podem realizar as reformas fundamentais que o Brasil necessita”, afirma.

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