A Justiça Federal do Rio de Janeiro atendeu o pedido do Ministério Público Federal e tornou réu o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por improbidade administrativa.
O juiz José Arthur Diniz Borges, concedeu a ele o prazo de 30 dias se manifestar. O magistrado adiou a decisão sobre o afastamento pedido pelo Ministério Público Federal devido às férias do agente.
Em despacho assinado ontem (24), o diretor-geral de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foi citado no processo para que informe, até o dia 7 de dezembro, a ‘situação funcional’ de Vasques. A União Federal também foi intimada a se manifestar sobre o caso, em até quinze dias.
Na ação, MPF pede o afastamento imediato pelo período de noventa dias do diretor-geral, acusado de fazer uso indevido do cargo durante as eleições presidenciais por ter pedido votos de forma explícita para o presidente Jair Bolsonaro (PL) às vésperas do segundo turno.
Para o MPF, a conduta de Sivinei contribuiu para “o confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após divulgação do resultado”.
Além da ação de improbidade, Silvinei Vasques é investigado pela Polícia Federal por suspeita de atuação sobre os bloqueios de rodovias no dia do segundo turno das eleições e em relação aos atos antidemocráticos após a vitória de Lula (PT) nas urnas. A PRF apura se há responsabilidade do diretor nas blitz e se houve descumprimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tinha proibido operações policiais relacionadas ao transporte de eleitores no dia do pleito.