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jul 24 2014

DÍVIDA PÚBLICA CUSTA CERCA DE R$ 300 BILHÕES POR ANO

A Dívida Pública Federal registrou forte alta em junho e chegou a R$ 2,202 trilhões. Esta é uma questão que vem sendo tratada tecnicamente e nem entra nas discussões políticas, mas talvez seja o maior problema brasileiro, gerando o comprometimento anual de cerca de R$ 300 bilhões para administrar a dívida, situação que se agrava com o aumento da taxa oficial de juros.

A emissão de títulos prefixados fez a Dívida Pública Federal (DPF) subir em junho. De acordo com dados divulgados hoje (24) pela Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida fechou o mês passado com alta de R$ 80,05 bilhões (3,77%) em relação a maio.

A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna subiu de R$ 2,029 trilhões para R$ 2,111 trilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 65,06 bilhões em títulos a mais do que resgatou e reconheceu R$ 16,49 bilhões em juros. O reconhecimento se dá porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.

A dívida pública externa encerrou junho em R$ 91,72 bilhões, com queda de 1,61% em relação ao valor de maio, quando tinha atingido R$ 93,22 bilhões. Contribuiu para a redução a queda de 1,63% do dólar no mês passado.

O principal fator que fez a dívida pública subir foi o elevado volume de emissão de títulos. Apenas em junho, R$ 66,73 bilhões foram emitidos. Desse total, R$ 30 bilhões destinaram-se ao aporte para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ocorrido em 18 de junho.

Apesar da alta em junho, a DPF está dentro das previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado no fim de janeiro, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

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