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ago 27 2013

Dólar poderá fechar o ano a R$ 2,32

Especialistas consultados semanalmente pelo Banco Central acham que o dólar fechará o ano na cotação de R$ 2,32. E, no final de 2014, estará ainda mais elevado, na faixa de R$ 2,38.

A alta da moeda no país é reflexo da intenção do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de reduzir os estímulos monetários. Há expectativa de que o Fed possa aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

Ainda de acordo com a pesquisa do BC, feita junto às instituições financeiras, a previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações), resultado que poderá ser influenciado pela cotação do dólar, caiu de US$ 4,35 bilhões para US$ 3,4 bilhões, este ano, e de US$ 8 bilhões para US$ 9 bilhões, em 2014. A alta do dólar poderá ser um fator de estímulo às exportações e de desestímulo às importações, principalmente de bens de consumo.

É surpreendente a previsão de superávit de US$ 3,4 bilhões quando se sabe que o déficit acumulado até julho, na balança comercial, chegou perto de US$ 5 bilhões. Será preciso profunda recuperação nos cinco meses finais do ano.

As mudanças na cotação do dólar também podem gerar efeitos na balança de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, entre outros) e de rendas (salários, juros, lucros e dividendos).

Na última sexta-feira (23), o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que se a alta do dólar persistir, além dos efeitos na balança comercial, os gastos de brasileiros no exterior tendem a se reduzir nos próximos meses. Outro efeito será a redução das remessas de lucros e dividendos de empresas no Brasil para o exterior. Com a alta do dólar, fica mais caro enviar esses recursos para fora do país.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.

 

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