O site Metrópoles informa que foram presos sete donos e altos dirigentes de redes de revendedores de combustíveis no DF, por trabalharem há décadas em combinação de preços, gerando prejuízos superiores a R$ 1 bilhão para a população brasiliense.
Segundo o site, foram presos hoje de manhã pela Polícia Federal:
- Quem está sendo detido (prisão temporária):
1 – Antônio José Matias de Sousa, um dos sócios da Cascol
2 – José Carlos Ulhoa Fonseca, presidente do Sindicombustíveis DF
3 – Cláudio José Simm, um dos sócios da Gasoline
4 – Marcelo Dornelles Cordeiro
5 – José Miguel Simas Oliveira Gomes, funcionário da Cascol
6 – Adão do Nascimento Pereira, gerente de vendas da BR Distribuidora no DF
7 – André Rodrigues Toledo, gerente de vendas da Ipiranga
Outros 44 mandados de busca e apreensão e 24 de condução coercitiva também estão sendo executados.
Uma das estratégias do cartel era tornar o etanol economicamente inviável para consumidor, mantendo valor do combustível sempre superior a 70% do preço da gasolina.
O sindicato dos postos de combustível está envolvido no esquema. Segundo as investigações, a entidade perseguia os proprietários de postos que não compactuavam com o cartel.
Segundo o MPDFT, os envolvidos mantinham reuniões frequentes com o objetivo de fixar preços com elevadas margens de lucro, em prejuízo da livre concorrência e do consumidor final
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT, a Polícia Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) realizaram uma operação na manhã desta terça-feira (24/11) para desarticular um cartel de combustíveis no Distrito Federal e Entorno.
Donos e funcionários das principais redes do DF como Cascol, BR Distribuidora, Ipiranga e Gasoline foram detidos. Segundo as investigações, a gasolina era sobretaxada em 20% para os consumidores e o preço do álcool elevado para inviabilizar o uso deste combustível nos postos da capital.
Ainda de acordo com o levantamento da PF, o sindicato dos postos também está envolvido no esquema, perseguindo aqueles que deixassem o cartel. Mandados de prisões preventivas, apreensão de documentos e condução coercitivas são cumpridas no DF, entorno e no Rio de Janeiro na operação, denominada Dubai.
O prejuízo que apenas uma das redes investigadas causou para os brasilienses é de, ao menos, R$ 1 bilhão por ano.
Segundo o MPDFT, os elementos de prova colhidos ao longo da investigação demonstram que os envolvidos, empresários e funcionários dos mercados de revenda e de distribuição de combustíveis, mantêm reuniões e contatos frequentes com o objetivo de fixar preços uniformes e ao mesmo tempo abusivos de combustíveis, com elevadas margens de lucro, em prejuízo da livre concorrência e do consumidor final. (Informações do site Metrópoles)