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jan 08 2014

É preciso, sim, valorizar a polícia militar

RENATO RIELLA

Dezenas de comentários estão sendo divulgados neste BLOG a respeito do tema polêmico chamado Polícia Militar. Alguns duríssimos contra a minha pessoa. Mesmo assim, mantive a opinião de cada um, embora saiba que os manifestantes não estão se identificando para se protegerem.

Reconheço – e já escrevi algumas vezes no BLOG – que a instituição mais sacrificada do Brasil desde o ano passado chama-se Polícia Militar. Se tivesse um filho ou um irmão nessa carreira estaria muito triste. Mas tenho grandes amigos – e me preocupo com eles.

Não estou falando da questão salarial. Estou falando de tudo. Hoje, por todos os ângulos, o policial militar é massacrado.

Comentário: no caso de Brasília, muito menos, pois as condições gerais da cidade são mais favoráveis, não havendo confrontos com o tráfico organizado nem com o PCC, como ocorre no Rio e em São Paulo.

Em todo o Brasil, o PM corre risco de ser morto pelos criminosos e é vilanizado se reagir.

O PM corre o risco de ter o corpo queimado por coquetel molotov de Black Bloc e é processado se reagir.

O PM age como assistente social nas favelas do Rio e quando precisa agir como policial envolve-se em condenações públicas (nesse caso, fazemos exceção ao caso Amarildo, exemplarmente punido).

Deveria, como compensação, haver uma paridade salarial entre os policiais militares do país – e os salários de Brasília seriam um bom parâmetro para se começar a discutir.

Diversos comentários no BLOG afirmam que há policiais militares em três estados ganhando mais do que os brasilienses (mas não dizem quais). Se houver mesmo, que sejam levados em conta no estudo comparativo.
Não dá para ver nos jornais que PMs do Rio ou de São Paulo ganham menos de R$ 2 mil por mês. Não há condição de se exigir qualidade nessas bases.

A grande discussão nacional é esta. É preciso valorizar nacionalmente a PM, como iniciativa dos governos, já que esta corporação não pode fazer greve.

Quanto a Brasília, não esperem que a presidente Dilma autorize aumentos de salário antes que se resolvam situações de grandes estados, como Rio e São Paulo.

E se o governador Agnelo Queiroz fez 13 propostas de campanha que não foram cumpridas, a tropa tem uma ótima solução: é só votar em outro candidato em outubro.

No entanto, se o outro candidato prometer aumento irreal de salários, procederá da mesma forma depois de eleito, pois o DF será ainda, durante muito tempo, um curral do Palácio do Planalto.

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