RENATO RIELLA
Sei que não podemos inventar uma Internet brasileira, da mesma forma que somos dependentes do Facebook, do Twitter, do Youtube, etc, redes internacionais.
Não podemos também nos livrar do quase monopólio do Windows, assim como somos escravos das redes telefônicas multinacionais.
Mas por que devemos dar de presente nosso mercado de transporte urbano ao já bilionário Uber?
Por que não invertermos as letras, criando o brasileiríssimo REBU?
O sistema digital de transporte urbano com automóveis pode ser normatizado e nacionalizado. E é atribuição do governo federal regulamentar esta atividade.
Não haverá atraso nenhum nessa reserva de mercado, pois dominamos tecnologias que podem oferecer a mesma qualidade.
O governo brasileiro pode abrir uma concorrência nacional, oferecendo a exploração desse serviço, nos moldes do Uber, a um consórcio formado por três tipos de empresas brasileiras: tecnologia, financeira e seguro.
Para isso, em prazo curto, especialistas buscariam criar um sistema abrasileirado, que não precisa se chamar Rebu (é uma brincadeira!), mas que ofereça a mesma modernidade do Uber.
Me arrisco a dizer que nós, esses brasileiros tão espoliados, podemos fazer melhor, com maior criatividade, um serviço para a nossa gente. E quando atingirmos a meta, vamos dobrá-la!
Sugiro que, no edital de licitação, fique estabelecido que o nosso Rebu esteja aberto para inscrição de taxistas. Estes teriam prazo máximo de três anos para se adequarem plenamente às condições impostas aos veículos de aluguel, adaptando seus carros.
Reafirmo: o Brasil não deve dar de presente um mercado tão grande para uma empresa estrangeira, sobre a qual não temos qualquer controle. O Uber que vá ganhar dinheiro na China!
Vamos quebrar a cabeça, pessoal! Quanto à questão dos direitos de criação da solução, já temos no Brasil outras organizações oferecendo o serviço de táxis por meio eletrônico. É só evoluir para carros em geral, com tecnologia apropriada.
Pensando bem, o nome Rebu é uma provocação legal. Xô, Uber!
