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ago 22 2020

EMPREGOS FORMAIS TÊM REAÇÃO SURPRENDENTE

—RENATO RIELLA—

O Brasil voltou a criar empregos formais em julho.

Segundo dados divulgados pelo Caged, do Ministério da Economia, 131.010 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

Essa foi a primeira vez desde fevereiro em que o emprego formal cresceu. No acumulado do ano, no entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia.

De janeiro a julho, foram fechadas 1.092.578 vagas, o pior resultado para os sete primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010.

 

COVID – O Brasil registrou 1.054 mortes por covid-19 ontem.

Total de óbitos chegou a 113.358

Os estados com mais mortes são:
1- São Paulo (28.155)
2 – Rio de Janeiro (15.202)
3 – Ceará (8.268),
4 – Pernambuco (7.335)
5 – Pará (6.037).

 

ANS – Os planos de saúde estão proibidos até o fim do ano de reajustar as mensalidades, decidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), depois de duro protesto do Presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, contra reajustes de até 25%.

A decisão não tem efeito retroativo.

Em junho, o plano Cassi impôs reajuste superior a 13%, repetindo o percentual do ano passado e assustando os associados em plena pandemia.

Outros planos fizerem isso ao longo do ano, em índices muitas vezes superiores ao da inflação.

 

CONTRATOS – Ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou  que o programa de suspensão de contratos de trabalho e corte de jornada e salário vai ser prorrogado por mais dois meses.
Disse que foi possível preservar 16 milhões de empregos, gastando R$ 20 bilhões da União.

Parte desses trabalhadores vem sendo reincorporada às equipes das empresas, com a gradativa volta às atividades.

 

AUXÍLIO – Presidente Bolsonaro voltou a dizer que o auxílio emergencial a trabalhadores informais e população carente será prorrogado até dezembro.

Mas o valor da parcela mensal ainda está indefinido.

Certamente não ficará na margem atual de R$ 600,00.

 

PROJETOS – O Ministério da Economia vai anunciar mais medidas na próxima terça-feira.

Serão lançados os programas da carteira de trabalho Verde e Amarela, voltado ao mercado de trabalho, e do chamado Renda Brasil (expansão do Bolsa Família).

 

CORREIOS – Supremo Tribunal suspendeu, de forma definitiva, o acordo coletivo dos trabalhadores dos Correios.

A pedido da estatal, uma liminar com esse teor já havia sido concedida pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, no dia 1º de agosto.

O acordo tinha 79 cláusulas, das quais 70 foram suspensas pelo STF, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras.

Empregados dos Correios mantêm a greve lançada na semana passada.

 

 

ESCOLAS – Cresce a visão de que a volta às aulas é tema maldito, sem solução em praticamente em nenhum estado brasileiro. Apenas em Manaus vem sendo feita experiência de reabertura das escolas, com frequência limitada, pelo medo de muitos pais com possíveis contaminações.

Em Goiás, Governador Caiado praticamente reconhece que o ano letivo está perdido.

Escolas não conseguirão cumprir o mínimo estabelecido em lei federal.

A pandemia foi classificada como abrangente na sociedade, atingindo ricos e pobres, sem discriminação, inclusive nos casos de mortes.

Mas na questão educacional, o resultado privilegia de forma chocante a chamada elite.

Em diversas cidades, uma minoria de escolas particulares, de primeira classe, tem obtido êxito no ensino à distância.

A grande maioria fracassou e muitas delas vão até fechar.

No que se refere ao ensino público, a deficiência é elevada.

As tentativas de ensino à distância esbarraram em deficiências na infraestrutura tecnológica  das escolas e principalmente das famílias.

Os estudantes pobres, na maioria, perderão o ano de 2020.

A pergunta que se faz neste momento é: como os governos buscarão políticas compensatórias em 2021 para tentar reduzir este resultado social trágico?

Conclusão: a volta às aulas ainda é problema sem solução.

 

CLIMA – Prossegue a temporada de frio intenso no Sul do Brasil, com presença de neve em diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

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