Baixou um clima de leve otimismo na pesquisa semanal que o Banco Central faz com as principais instituições financeiras, a qual apresentou hoje melhores perspectivas para a inflação e para a queda da economia brasileira em 2016.
Depois de seis semanas seguidas em alta, a projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi levemente reduzida, ao passar de 7,29% para 7,27%.
A estimativa das instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi reduzida de 3,44% para 3,35%, neste ano.
Para 2017, a estimativa de crescimento positivo da economia é mantida em 1%, há três semanas.
No caso da inflação de 2017, esta também caiu nas projeções, de 5,50% para 5,43%.
Os cálculos estão longe do centro da meta de inflação de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano, e 6% em 2017.
No último dia 28, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que alcançar o centro da meta de inflação, em 4,5%, em 2017, é uma expectativa ambiciosa e crível.
Para Goldfajn, atingir esse objetivo é algo ambicioso, porque a inflação em 2015 foi “mais que o dobro da meta”.
“O ano de 2015 foi de choque, inflação muito elevada, em parte devido à depreciação forte do real, à inflação de preços administrados muito forte. Desde então, o objetivo do regime de metas tem sido fazer a convergência de volta para o centro da meta”, disse.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano.
A expectativa das instituições financeiras para a taxa ao final de 2016 segue em 13,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa para a taxa básica permanece em 11% ao ano.
A projeção para a cotação do dólar foi alterada para R$ 3,46, ao final de 2016, e R$ 3,70, no fim de 2017.