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maio 03 2018

Estranho, muito estranho! Rollemberg enfrenta Adasa e recusa aumento da água

 

O governador Rodrigo Rollemberg se faz de inocente e promete reagir contra o aumento de 2,99% autorizado para a tarifa da água fornecida pela Caesb.

Esta missão, de derrubar o aumento, foi dada à procuradora-geral do DF, Paola Aires, que já sofreu tantas derrotas em outras demandas, o que tira a esperança de sucesso.

Surpreende saber que Rollemberg se insurge contra uma medida determinada pela Adasa (Agência de Saneamento e Água do DF), que deveria funcionar como uma agência reguladora, mas na prática é dominada pelo GDF, desde o governo passado.

Mais ainda: o presidente da Adasa, escolhido a dedo pelo governador, é o professor Paulo Salles, um dos mais íntimos colaboradores do governo Rollemberg, que foi inclusive secretário de Ciência e Tecnologia, antes de assumir a agência, onde criou problemas diversos com o setor.

Ninguém pode imaginar que Paulo Salles iria tomar uma medida que pudesse chocar Rodrigo Rollemberg.

Mesmo assim, o governador deu à excessivamente discreta procuradora Paola a missão inusitada de questionar administrativamente, dentro da Adasa, o aumento que despertou tanta revolta na população.

O povo de Brasília, massacrado há mais de um ano por um racionamento de água fruto da falta de planejamento, terá de amargar aumento das tarifas da Caesb, para bancar despesas questionáveis dessa empresa, onde salários de marajá estão mantidos.

Segundo Rollemberg, a Caesb fica incumbida de não aplicar a nova tarifa às contas dos usuários. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (2) em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti.

O governador diz que o questionamento se dá em razão de os valores estarem acima da inflação e não condizerem com a situação em que Brasília se encontra.

“Considero inadequado qualquer aumento agora e inadmissível um aumento com porcentuais acima da inflação”, afirmou Rollemberg.

Ele determinou (tardiamente) à Caesb a adoção das providências necessárias para garantir o equilíbrio das contas sem o aumento do preço cobrado pelo abastecimento de água.

“Reconhecemos todo o esforço da população para que os reservatórios estejam hoje com volumes muito mais altos.”

O reajuste de 2,99% foi autorizado pela Adasa em 30 de abril, devendo valer a partir de 1º de junho.

Vamos ver se o professor Paulo Salles é mesmo fiel a Rolemberg, livrando o governador deste imenso desgaste.

Quanto ao racionamento, permanece valendo, apesar do volume satisfatório das reservas do DF.

(RENATO RIELLA)

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