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dez 29 2022

Estudo mostra que 800 municípios podem perder FPM com base na prévia do Censo

Em 2023, 800 Municípios poderão apresentar redução de coeficiente no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). É o que revela o levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) que aponta as perdas e ganhos no repasse municipal, após a divulgação das mudanças nos coeficientes do Fundo para 2023.

A CNM ressalta que essas perdas seriam imediatas se não existisse a Lei 165/2019, que determinou o congelamento dos coeficientes do FPM desde 2018 até a finalização do Censo Demográfico.

O estudo leva em consideração a divulgação da prévia da população nos Municípios pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base nos dados coletados até 25 de dezembro pelo Censo Demográfico 2022.

Pelo levantamento da CNM, entre os que vão manter o coeficiente do FPM estão 4.388 Municípios. Comparado ao observado em 2022, o valor é menor quando 5.450 Municípios não mudaram de coeficiente do FPM. Já no comparativo da quantidade de Municípios que perderam coeficiente do FPM, em 2022 eram 17 Municípios e em 2023 esse total subiu para 800 Municípios. São Paulo é o Estado onde mais Municípios apresentam a redução, totalizando 95 localidades; seguido por Minas Gerais, com 85 Municípios; e Bahia com 66 Municípios.

Com a estimativa do IBGE que prevê que o Brasil tenha 207,7 milhões de habitantes, o levantamento da CNM estima que, comparado ao mesmo período do ano anterior, mais de 65% dos Municípios, ou seja, 3.361 localidades do país tiveram redução de população.

Sendo assim, a entidade reforça que, parte destes Municípios podem ter diminuição no coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Porém, a CNM ressalta que a aprovação da Lei 165/2019, garante aos Municípios, que apresentem redução de seus coeficientes decorrente de estimativa anual do IBGE, que não tenham alteração até a finalização do Censo 2022.

Para o ano de 2023, a estimativa da CNM é que 382 Municípios ganhem coeficiente do FPM. Entre as localidades que lideram os ganhos, estão 51 Municípios da Bahia, 49 Municípios do Paraná e 31 Municípios de Santa Catarina.

Em nota divulgada, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, reforçou que o resultado parcial não atende as demandas municipais. “Um dos motivos para a demanda municipalista é a discrepância que pode ocorrer, neste momento, ao alterar o coeficiente com base em estimativas de um Censo parcial, uma vez que a coleta não é proporcional em todo território nacional, sendo mais avançada em algumas localidades do que em outras”, disse.

Confira o levantamento completo com dados por Estado.

Fonte/arte: Agência CNM de Notícias

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