A ação faz parte da terceira fase da operação Falso Negativo, que investiga supostas fraudes na compra de testes para a Covid-19.
Eduardo Hage era o único investigado na operação que conseguiu liberdade, por meio de um habeas corpus.
Ele é detido pela segunda vez, um mês após ser preso na segunda fase da operação, que prendeu a cúpula da Secretaria de Saúde, incluindo o ex-secretário Francisco Araújo.
Outro preso nesta etapa da investigação é o ex-diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde, Emmanuel de Oliveira Carneiro. Ele também é um dos denunciados pelo Ministério Público do DF por suspeita de participação no esquema.
Os dois suspeitos devem cumprir prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A decisão judicial também determina que Erika Mesquita Teixeira, ex-gerente de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde, seja impedida de entrar nas dependências da pasta. Ela é uma das servidoras denunciadas no esquema.
A operação Falso Negativo é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do DF, com apoio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes Contra a Administração Pública (Cecor) da Polícia Civil.
A operação foi deflagrada em fevereiro deste ano. O Ministério Público entendeu que houve fraude em quatro contratos da Secretaria de Saúde para compra de testes do novo coronavírus. Os promotores acusam o ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, de liderar organização criminosa que favorecia empresas nos certames.
Estão entre as irregularidades apontadas: superfaturamento, prazos inexequíveis para apresentação de propostas e desvio de recursos públicos. O prejuízo estimado é de, pelo menos, R$ 18 milhões.
Com informações de G1
Foto: Agência G1