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maio 11 2017

FINALMENTE O DF TERÁ ÁGUA DE CORUMBÁ IV…MAS SÓ DAQUI A DOIS ANOS

O governador Rodrigo Rollemberg fez hoje anúncio de grande importância para a população de Brasília. Segundo ele, vão recomeçar as obras interligando as águas da barragem goiana de Corumbá IV ao sistema que abastece o Distrito Federal.

Mas isso não resolve o problema dramático de abastecimento de água no DF ao longo deste ano, pois o fornecimento a partir de Corumbá IV só ocorrerá dentro de dois anos.

O Governo do DF não informa o que poderá ser feito em termos emergenciais para que a população brasiliense não sofra grave falta d’água em agosto, setembro e outubro. Na verdade, a única medida anunciada foi a de ampliar o corte de fornecimento para dois dias, em vez do corte de um dia atual.

 

OBRAS VÃO SER RETOMADAS

As obras do Sistema Produtor Corumbá 4, que estão 65% executadas, serão retomadas breve.

O anúncio foi feito hoje, na Estação de Tratamento de Água de Valparaíso, em Goiás.

Com fornecimento de até 5,6 mil litros por segundo, a obra vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do Distrito Federal e desafogar o Sistema Produtor do Descoberto.

“Esta obra vai dar tranquilidade para a população pelos próximos 20 ou 30 anos”, disse o governador Rollemberg. Ele chamou a atenção para o fato de, antes de 2015, o DF não ter investido em captação de água por 16 anos.

“Registro que o ex-governador Joaquim Roriz foi quem teve a visão de construir o lago Corumbá 4”, destacou.

Cerca de 1,3 milhão de pessoas serão beneficiadas. No DF, moradores do Gama, de Santa Maria e do Recanto das Emas serão atendidos pelo novo sistema. No estado vizinho, o público abastecido será da Cidade Ocidental, de Luziânia, do Novo Gama e de Valparaíso.

O anúncio contou com a presença do ministro das Cidades, Bruno Araújo; do governador de Goiás, Marconi Perillo; do secretário nacional de Saneamento Básico, Olavo de Andrade; e dos presidentes da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice, e da Saneamento de Goiás (Saneago), Jalles Fontoura.

Para o ministro, houve um encontro do bom senso dos governos para garantir a segurança hídrica para a população. O chefe do Executivo de Goiás disse que a retomada das obras em 2015 ocorreu porque se conseguiu com o Banco do Brasil financiamento de R$ 500 milhões”. Parte desse recurso foi destinado para as obras de captação de água.

O projeto é conjunto dos governos do Distrito Federal e de Goiás e executado por meio do Consórcio Corumbá — Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) e Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Compete à Saneago a captação hídrica e a construção de 12,7 quilômetros da adutora. Outros 15,3 quilômetros são de responsabilidade da Caesb, assim como a estação de tratamento.

O sistema envolve a captação de água do Lago de Corumbá, que será encaminhada para tratamento em Valparaíso (GO). Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno. O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária.

 

DESDE 2009 VEM SE ARRASTANDO

A fase de licitação começou em 2009, e os trabalhos, dois anos depois. Em 2013, a gestão passada paralisou a obra. Logo no início de 2015, o consórcio recebeu recursos federais e retomou o serviço.

Em setembro de 2016, as intervenções na parte goiana foram paralisadas após recomendação do Ministério Público Federal para suspender repasse de recursos do Ministério das Cidades durante investigação de supostos desvios de dinheiro.

Na parte do Distrito Federal, as intervenções continuaram nesse período.

 

ÁGUA DO LAGO PARANOÁ

Outra opção para Brasília é a captação de água do Lago Paranoá. A Enfil S.A Controle Ambiental já atua na montagem do equipamento da estação de tratamento de água do Subsistema do Lago Norte.

Serão captados no Paranoá 700 litros de água por segundo para desafogar o Sistema Produtor do Descoberto. O valor da obra ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado, que era de R$ 49.437.958. Dificilmente essa melhoria será útil para reduzir os efeitos da seca deste ano.

Segundo o GDF, as obras do Subsistema do Bananal, no Parque Nacional de Brasília, estão 19% executadas. A projeção é beneficiar cerca de 170 mil habitantes, com investimento de R$ 20 milhões.

O subsistema se integra ao Santa Maria-Torto para reforçar o abastecimento em 11 regiões administrativas. As intervenções da primeira grande obra de captação de água no DF desde a Bacia do Pipiripau, há 16 anos, começaram em novembro de 2016.

A água será captada do Ribeirão Bananal e injetada na tubulação adutora que conduz água do Lago de Santa Maria à Estação de Tratamento de Água de Brasília.

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