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jun 27 2023

Fiscalização do GDF garante a qualidade do produto final na suinocultura

O Distrito Federal se destaca na produção rural e um destaque é a suinocultura. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) aponta que o rebanho brasiliense reúne mais de 170 mil cabeças. Destas, a maioria é concentrada em granjas tecnificadas, consideradas de alto nível de biosseguridade.

‌A pasta fiscaliza o manejo animal por meio do Programa de Sanidade Suídea, para impedir a introdução de doenças exóticas e controlar ou erradicar aquelas já existentes no Brasil. Analista de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária da Seagri, Luciana Lana Rigueira afirma que são realizadas vistorias nas granjas, que consistem em visitas às propriedades rurais e inspeção clínica dos animais.

“Nas granjas tecnificadas, avaliamos a biosseguridade em geral, por exemplo, se tem o isolamento adequado para não permitir a entrada de patógenos e impedir a circulação dentro da granja entre um animal e outro”, observa Rigueira.

“Nas produções de menor escala, além de fazer a vistoria, damos orientações aos produtores rurais sobre as boas práticas de manejo, desde cuidados com a higiene ao não fornecimento de alimentos de produtos de origem animal aos suínos, que pode incorrer no aparecimento de doenças”.

Os esforços visam a evitar as doenças listadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que se caracterizam pelo grande poder de difusão, consequências sanitárias e econômicas graves e repercussão no comércio internacional. O DF é livre da peste suína clássica (PSC), conforme foi demonstrado por um inquérito realizado pela Seagri em 2022. A avaliação faz parte do Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos, coordenado pelo Ministério da Agricultura.

O desenvolvimento da cultura no DF é considerado uma atividade de importância econômica, conforme explica o secretário-executivo de Agricultura, Rafael Bueno. “Temos um olhar muito especial para a suinocultura, uma vez que essa atividade é uma fomentadora de geração de emprego, já que precisa de muita mão de obra, tanto na condição e manejo dos animais na granja, como em outras cadeias que são indiretamente relacionadas à atividade”, diz ele.

Os cuidados com biossegurança são fundamentais para viabilizar o comércio do produto. Cerca de 40% da carne suína in natura e processada consumida pelos brasilienses é produzida no próprio DF. O restante é oriundo de outros estados e induzido no mercado local por grandes empresas nacionais. Além disso, do total que é produzido aqui, até 70% são absorvidos pelo mercado local.

“Admitindo as variações sazonais, considerando também o Entorno e, em termos de produções tecnificadas, existem entre 13 e 15 mil matrizes alojadas no DF (leitoas aptas para reprodução). Essa quantidade é capaz de colocar no mercado, semanalmente, cerca de 5,5 mil cevados, que são os porcos gordos prontos para o abate”, explica o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSuin), Josemar Medeiros.

‌De acordo com o representante, tem sido observado um crescimento permanente no setor. “Nos últimos dois anos, tivemos uma alta constante de 5% a 7% na produção do DF. Devemos ter redução neste ano, de 3% a 4%, mas, ainda assim, mostra que estamos firmes e em desenvolvimento”, esclarece Medeiros. “Aqui no DF, temos um ambiente institucional e organizacional muito bem estruturado. Nós, suinocultores, estamos muito satisfeitos com a capacidade de resposta da Câmara Setorial de Suínos e do governo com as demandas do setor. Em relação aos outros estados, temos uma condição diferenciada”, ressalta.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) mantém um programa voltado aos pequenos produtores, com o intuito de fornecer orientações técnicas de produção e manejo. Os temas são tratados em visitas técnicas, cursos, capacitações, reuniões técnicas e mais.

Segundo o gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Emater, Alessandro Rangel, os atendimentos visam evitar o surgimento de doenças e garantir um produto apto para consumo. “Atualmente, os pequenos produtores podem ter até três matrizes por propriedade, ou seja, é uma produção para consumo próprio. O nosso trabalho é voltado para levar conhecimento sobre a sanidade do animal, higiene das instalações, para que, futuramente, possam consumir carne saudável”, avalia.

Fonte: Agência Brasília – Catarina Loiola

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