O Brasil precisa fazer reformas estruturais, investindo em educação e melhoria no ambiente de negócios para voltar a crescer, segundo recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI).
As sugestões constam do relatório Respondendo a Novas Realidades, divulgado pela diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, na reunião do órgão em Lima, no Peru.
O documento, que contém uma agenda global de políticas para os países-membros do órgão, fez uma série de recomendações ao Brasil e a outros países emergentes afetados pela queda do preço das commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional).
Em relação ao Brasil, o FMI sugeriu investimentos em educação e reformas no mercado de trabalho para elevar a produtividade do país.
De acordo com o documento, apesar da recuperação em algumas economias avançadas, a economia global enfrenta um cenário difícil, por causa da perspectiva de aumento de juros nos Estados Unidos e a desaceleração da economia chinesa, que afetou especialmente países exportadores de commodities, entre eles o Brasil.
Nos países avançados, a demanda continua deficiente, em meio a dúvidas sobre a continuidade da estagnação e o envelhecimento da população.
“Os Estados Unidos estão prontos para aumentar os juros em meio à recuperação econômica. A China passa por uma desaceleração esperada, enquanto reequilibra o crescimento, criando transbordamentos maiores que o previsto. E os produtores de commodities enfrentam o fim de um longo ciclo de altos preços. Essas transições necessárias impõem um desafio, particularmente para países em desenvolvimento, emergentes e de baixa renda, cujas perspectivas decaíram mais”, acrescentou o documento.