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dez 31 2022

Funcionários públicos federais entram 2023 com maior limite de crédito consignado

Dinheiro, Real Moeda brasileira

Servidores públicos federais entram 2023 com mais crédito no mercado. O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou lei que aumenta o limite para descontos em folha dos empréstimos consignados dos servidores públicos federais para 45% para quem contratar essa modalidade.

A nova norma, publicada esta semana no Diário Oficial da União, originalmente era uma medida provisória publicada pelo próprio chefe da nação, em agosto. Em novembro, o aumento da margem do crédito foi confirmado pelo Congresso.

De acordo com a norma, dos 45%, 5% ficarão reservados exclusivamente para amortização de despesas ou saques de cartão de crédito. Antes, o limite era de 35%, sendo 30% para empréstimos com desconto em folha e 5% para o cartão de crédito.

O presidente vetou o trecho que reservava, dentre os 45%, 5% para amortização de saques e dívidas contraídas com uso de cartão de crédito consignado de benefício. Esse tipo de modalidade afeta, principalmente, aposentados e pensionistas. 

O crédito consignado é um produto dos bancos públicos e privados, descontado automaticamente do contracheque do trabalhador, diminuindo o risco de inadimplência. Por isso, as taxas dessa linha são mais baixas do que de outros tipos de empréstimos e financiamentos.

Especialista em Orçamentos Públicos e Finanças,  o economista César Lima explica que a elasticidade da margem de crédito consignado pode ajudar os favorecidos se o dinheiro for usado com prudência. Segundo Lima, a medida pode aquecer o mercado brasileiro.

“Pode ter uma vantagem para quem se utiliza desse tipo de crédito por ser mais barato. Se o servidor está com dívidas no cheque especial, no cartão de crédito, pode fazer a troca dessas dívidas por outra de mais longo prazo e custo menor”, avalia. “O aumento do consumo pode vir de maneira direta, com a utilização dos empréstimos ou indiretamente com a renovação da capacidade de compras por parte daqueles que resolveram quitar dívidas”, prevê.

Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estados – associação civil integrada, exclusivamente, por entidades nacionais associativas e sindicais em todos os Poderes -, Rudinei Marques, a medida visa atender o sistema financeiro e é desvantajosa para as categorias que não têm reajuste há cinco anos.

“Por que os servidores estão se endividando? Porque a grande maioria, desde 2017, está sem reajustes”, observa. “Então o servidor perde duas vezes, perde por não ter o reajuste salarial necessário e perde tendo que tomar empréstimos bancários e arcar com altas taxas de juros. O que precisamos urgentemente é de reajuste salarial para evitar que o servidor se encha de dívidas”, avalia.

Fonte: Brasil 61

Foto:EBC

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