Preço do litro da gasolina aumenta hoje até R$ 0,34 nas bombas. Etanol sobe R$ 0,02.
É a reoneração parcial dos combustíveis, que passam a ser atingidos com a volta dos impostos federais.
Os valores não são maiores graças à redução de R$ 0,13 para o litro da gasolina e de R$ 0,08 para o litro do diesel, anunciada pela Petrobras na sua venda direta.
Para manter atingir a arrecadação extra de R$ 28,88 bilhões de impostos prevista até o fim do ano, o Governo elevará o Imposto de Exportação sobre petróleo cru em 9,2% por quatro meses, para obter até R$ 6,6 bilhões.
ESTADOS – Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o ministro Alexandre de Moraes (STF). Discutiram o acordo da dívida dos estados, do qual Moraes é relator no Supremo Tribunal Federal.
O Governo tenta uma forma de parcelar a compensação do ICMS para repor aos estados as perdas com a limitação das alíquotas sobre combustíveis, gás natural, energia, telecomunicações e transporte coletivo.
DESEMPREGO – Taxa de desemprego no Brasil fechou o ano de 2022 em 7,9%, o menor nível para um quarto trimestre desde 2014 (6,6%), segundo o IBGE. A taxa recuou 3,2 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (11,1%).
No último trimestre de 2022, a população desocupada chegou a 8,6 milhões de pessoas, com quedas de 9,4% (menos 888 mil pessoas) ante o terceiro trimestre daquele ano e de 28,6% (menos 3,4 milhões de pessoas) ante o quarto trimestre de 2021.
A população ocupada atingiu 99,4 milhões de pessoas, estável em relação ao terceiro trimestre e com alta de 3,8% (3,6 milhões de pessoas) ante o último trimestre de 2021.
SEM CARTEIRA – A média anual de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada atingiu 12,9 milhões em 2022. O número é recorde no Brasil, segundo o IBGE.
O número de pessoas nessa situação aumentou 14,9% em relação a 2021, quando havia 11,2 milhões de trabalhadores sem carteira assinada.
Os trabalhadores por conta própria – formais ou informais – somaram 25,5 milhões no ano, altas de 2,6% em relação ao ano anterior e de 27,3% na comparação com 2012 – o menor patamar da série histórica.
SUPERÁVIT – Contas públicas no Brasil fecharam o mês de janeiro com saldo positivo, resultado principalmente da arrecadação recorde do Tesouro Nacional e do aumento nos royalties de petróleo.
O setor público consolidado, formado por União, estados, municípios e empresas estatais, registrou superávit primário de R$ 99,013 bilhões no mês passado, ante superávit primário de R$ 101,833 bilhões em janeiro de 2022, segundo o Banco Central.
Em 12 meses, encerrados em janeiro, as contas acumulam superávit primário de R$ 123,173 bilhões, o que corresponde a 1,24% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2022, as contas públicas fecharam o ano com superávit primário de R$ 125,994 bilhões, 1,28% do PIB.
RUY BARBOSA – Senado realiza hoje, às 10h, sessão solene para lembrar o centenário de falecimento de Ruy Barbosa.
CONFIANÇA – Índice de Confiança do Comércio, da Fundação Getúlio Vargas, subiu 3 pontos em fevereiro, para 85,8 pontos, sendo a primeira alta em cinco meses, na escala de 200 pontos.
A confiança do comércio voltou a subir em fevereiro, depois de quatro meses com fortes quedas ou estabilidade.
Já o Índice de Confiança de Serviços, da FGV, caiu 0,4 ponto em fevereiro, para 89,1 pontos, menor nível desde maio de 2021 (88,1 pontos). O índice manteve trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo, ao recuar 1,5 ponto.
MÁQUINAS – Em janeiro de 2023, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou queda de 6,4% na receita líquida de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior, com R$ 20,25 bilhões.
Esta é a oitava queda consecutiva, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
A queda está relacionada ao recuo na capacidade instalada do setor. No mês passado, as indústrias operaram com 75,5% da capacidade.
O ano de 2023 inicia-se com o pior desempenho dos últimos três anos, reforçando a percepção de desaceleração do setor.
REMESSAS AO EXTERIOR – Senado aprovou a Medida Provisória (MP) 1.138/2022, que reduz a alíquota do imposto que incide sobre remessas ao exterior de até R$ 20 mil por mês. Objetiva, principalmente, diminuir o custo de operações internacionais feitas por empresas brasileiras. A MP vai à promulgação imediata.
Desde janeiro deste ano, o imposto sobre as remessas ao exterior caiu de 25% para 6%. O percentual irá vigorar até 2024. A redução do imposto gera renúncia de receita de R$ 1,07 bilhão em 2023.
PREÇOS MÍNIMOS – Presidente Lula afirmou que o Governo Federal retomará a política de preços mínimos para produtos agrícolas. Em situações de queda de preços por supersafras, o Governo pode comprar o excedente de alimentos e distribuir em áreas necessitadas.
Lula realizará encontro com pequenos e médios produtores, para discussão do programa Mais Alimentos, que visa incrementar a produção de alimentos saudáveis no Brasil.
As declarações foram feitas na reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
ECONOMIA – Dólar subiu ontem 0,35%, para R$ 5,22.
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, atingiu 104.931 pontos, caindo 0,74%.
Por RENATO RIELLA
