O governador Rodrigo Rollemberg precisa abrir de forma organizada os salários pagos nas empresas estatais do GDF, que em muitos casos passam de R$ 50 mil.
Não dá, não dá, não dá!
É vergonhoso dizer que a Terracap, a Caesb e mesmo o BRB têm rendimentos próprios e por isso pagam salários altíssimos.
Próprio coisa nenhuma!
São empresas estatais, cercadas de subsídios, que manipulam recursos dos contribuintes e cobram taxas de todos nós.
Agora Rollemberg promete aprovar na Câmara Legislativa projeto de lei para corrigir esses abusos.
E o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), claramente de oposição, defende urgência na aprovação dessa lei.
Na verdade, quem precisa se mexer de forma dura é o governador, que passa o pepino para a Câmara Legislativa, abrindo mão da própria autoridade.
Os conselhos dessas entidades, se orientados de forma firme por Rollemberg, podem rever a remuneração dos cargos de confiança, independente de uma nova lei.
Como cobrar taxa extra de água se a Caesb vive uma situação de grande desgaste, com a divulgação insistente de que uma servidora recebeu R$ 94 mil num contracheque e que o presidente da empresa recebe pelo menos R$ 54 mil por mês?
O DF vive grave crise financeira e os salários pagos até na Novacap são muito superiores aos valores praticados pelo mercado brasiliense.
Na empresa privada, salário de até R$ 30 mil já é muito alto. Para ganhar perto dos R$ 50 mil, qualquer profissional precisa ter elevada produtividade, juntando comissões, participação em lucro, etc.
Rollemberg, como sempre mal assessorado, não consegue ver a gravidade dessa questão. Brasília pode explodir se as aberrações não forem corrigidas. (RENATO RIELLA)