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fev 07 2019

GDF pode mandar projeto do passe-livre à Câmara amanhã

O governador Ibaneis Rocha lançou a sua proposta mais polêmica, ao abrir discussão sobre o passe-livre estudantil.

Tudo indica que ele mandará um projeto à Câmara Legislativa amanhã, mas com efeito mais suave do que a ideia anterior, pela qual pretendia que todos os beneficiados com a isenção passassem a pagar um terço das passagens.

O mais provável é que o passe-livre fique restrito aos alunos das escolas públicas. No início do governo, Ibaneis já havia criticado a gratuidade para estudantes de escolas particulares.

Haverá audiências públicas na Câmara Legislativa, onde os estudantes poderão apresentar ideias. Formas diferentes de protestos começam a ocorrer, inclusive manifestação (ainda pequena) do Movimento do Passe-Livre, que estava praticamente desaparecido desde o governo Agnelo.

Ontem, Ibaneis voltou a defender alterações na legislação. “A ideia é dar gratuidade a quem precisa. Mesmo na rede pública, existem pessoas com condições de arcar com o passe. Em todas as gratuidades, alguém está pagando a conta”, argumentou. “É injusto dar passagem livre a quem tem condições de pagar”, acrescentou.

O GDF quer também definir um limitador, para que os estudantes usem apenas 54 passagens por mês. Outra ideia é restringir as linhas, evitando que o estudante use o transporte para viajar a destinos diferentes dos da escola.

Segundo o secretário de Mobilidade, Valter Casimiro, “Brasília é a única cidade do Brasil onde a lei prevê a gratuidade irrestrita” Ele alerta que quem paga por isso é a sociedade.”

Em Goiânia, o estudante tem isenção em, no máximo, 48 viagens por mês. Em São Paulo, ele pode fazer duas viagens diárias, com até quatro embarques.

Em 2010, quando houve a instituição da catraca livre para estudantes do DF, o custo do passe aos cofres públicos era de R$ 45 milhões por ano. Em 2018, essa despesa chegou a R$ 300 milhões.

As passagens liberadas para alunos representam metade de todas as gratuidades do sistema.

No DF, pessoas acima de 60 anos também têm passe-livre, o que é considerado outro exagero.

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