Estou triste! Gim Argello foi condenado a 19 anos de prisão na Lava-Jato – e pode ter outras condenações, oriundas de outros processos.
Vejo ele como um cara que tentou o suicídio muitas vezes seguidas, sem ouvir conselho de ninguém.
A primeira vez foi quando Gim anunciou que havia “conquistado” o primeiro bilhão da sua fortuna. Falou isso no Senado e diversas pessoas dizem que ouviram. E ali começou a morrer como político. Babaca!
Quando foi preso, este ano, a imprensa destacou que Gim tinha uma máquina de contar dinheiro. Maluco! Quem tem uma máquina de contar dinheiro merece prisão perpétua, de tanta exposição ao crime.
Conheci Gim há mais de 30 anos – o rei da simpatia. Era o Jorginho de Taguatinga, nome que resultou na abreviação para Gim (nada a ver com a bebida, portanto).
Chefiei o Correio Braziliense na década de 80. Abri muito espaço para este taguatinguense que fazia parte da Arena Jovem, o partido forte da época. Naquela época, as redações eram democraticamente abertas.
Muito novo, já gordinho, Gim aparecia sempre de paletó, sorridente, conquistando a todos nós pela perspectiva de renovação na política brasiliense.
Depois ligou-se ao deputado/senador Osório Adriano, que muito protegeu Gim, mas foi esquecido repentinamente, de forma descortês.
Gim Argello poderia ter sido um político de grande utilidade para Brasília, se não pensasse só em dinheiro – a ponto de ter uma máquina para contar o próprio.
Coitado! Jogou fora uma vida por nada! Aliás, por um bilhão de porcarias… (RENATO RIELLA)
