A jovem ativista Greta disse na ONU que a humanidade está em extinção. E ninguém reagiu contra esta fraude.
Só há duas formas de extinguir a humanidade: uma grande explosão nuclear ou a queda de um supermeteoro. Não existe uma terceira.
São hipóteses improváveis, que não passam pela cabeça de ninguém, muito menos de Greta, que só tem 16 anos – mas é bem espertinha.
Ela tenta provar que os desmandos ecológicos vão destruir o mundo, o que é uma falácia.
Haverá sofrimentos, aumentos de temperatura, invasão de cidades litorâneas pelas águas, mas nada tão trágico. E pode até ser que esses efeitos sejam contornados por novas políticas econômicas e ambientais.
PROPOSTAS CONSTRUTIVAS
Aí entra o papel da Greta. Com a enorme visibilidade conquistada através de um marketing inteligente, ela precisa ter propostas construtivas.
Me arrisco a dar algumas sugestões, que certamente não vão agradar aos grupos de interesses que apoiam a ativista sueca.
Por exemplo, urge um movimento mundial em favor das energias alternativas, das quais a solar, o álcool combustível e a eólica são as melhores opções.
Greta deveria defender a substituição do carvão, nas usinas de energia da Europa, por energias alternativas. Seria uma revolução.
Ela deveria também estudar com detalhes países como a China e a Índia, onde as medidas de proteção ao meio ambiente estão retardadas pelo atraso geral dessas populações.
Sobre as queimadas, é preciso lutar por trilhões de dólares para evitar os incêndios na África, na Austrália, na Europa (Portugal, França, etc), nos Estados Unidos (Califórnia) e, é claro, no Brasil.
Sem grandes investimentos, as reservas florestais vão pegar fogo intensamente, provavelmente em função do aumento médio de temperatura no mundo (mas nada que extinga a humanidade). Tudo é money, tudo requer grandes estruturas de trabalho.
USO DO PAPEL
Há um assunto que Greta não tem coragem de abordar, porque perde apoios essenciais. É o fim da imprensa escrita. Isso está ocorrendo lentamente, mas imensas florestas ainda são destruídas para que jornais e revistas possam ser impressos. Cadê coragem da Greta para falar sobre isso?
Há a questão da poluição dos mares, crescente e assustadora, com a morte de espécies marinhas diversas. O mundo ainda não acordou para este problema e Greta poderia dar um grito a favor dos oceanos.
E aí entra a complicada questão dos reciclados e recicláveis, timidamente discutida pela humanidade.
Existe muito o que fazer. Por exemplo, a jovem ativista deveria propor maior uso da tecnologia no desenvolvimento das nações.
Carros elétricos, novos modelos de veículos coletivos, home office, descentralização de polos industriais… são avanços que podem afetar positivamente a ecologia.
Mas nada disso a gente vê no discurso.
Greta é uma ativista talvez bem intencionada, meio terrorista nas palavras e sem propostas objetivas.
Onde ela quer chegar?
(RENATO RIELLA)