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set 22 2021

HBDF aumenta transplantes de córnea em 45% entre janeiro a agosto em relação a 2020

O Hospital de Base (HBDF) realizou 55 transplantes de córneas entre janeiro e agosto deste ano, 17 (45%) a mais do que executou em 2020, quando fez 38 procedimentos desse gênero.

Foi o que informou ontem (21) a Central de Transplantes da Secretaria de Saúde (SES), depois de mais um bem-sucedido transplante de córneas no hospital, que beneficiou o lavrador baiano Cândido Ferreira dos Santos, 70 anos.

Ele havia perdido a visão do olho esquerdo por causa de uma infecção chamada úlcera na córnea. A visão poderia ser recuperada se recebesse nova córnea, mas existia o risco de perder totalmente a visibilidade. Santos então recorreu a uma unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégia de Saúde (IGESDF) que é referência nacional em transplantes de córneas (tecido) e órgãos (rins): o Hospital de Base.

No início de agosto, vindio da Bahia, foi internado no Hospital de Base . A equipe de oftalmologia do HBDF começou o tratamento com antibióticos para combater a infecção, mas não resolveu. Em setembro, Santos foi inserido na lista de transplantes e dia 12 recebeu a notícia de que seria operado. No dia 13, aconteceu o transplante.

Os oftalmologistas Fábio Carvalho e Rogério Nóbrega, auxiliados por dois anestesistas, um enfermeiro e um técnico de enfermagem, trabalharam por quase duas horas. O transplante foi um sucesso.

A equipe médica comemorou com euforia porque a operação aconteceu em pleno “Setembro Verde”, mês dedicado a campanhas que alertam para a importância da doação de órgãos e tecidos. Um dia depois da cirurgia, Santos recebeu alta do HB, mas continuou sob observação.

Uma semana depois do transplante, Cândido Santos continua reagindo bem. “Mesmo assim, ainda é cedo para dizer se ele vai conseguir recuperar a visão”, alerta Carvalho. “Tudo vai depender das respostas que ele tiver ao tratamento”.

Feliz com o resultado, Santos agradece. “Foram mais de dois meses sentindo dores intensas no meu olho”, relata. “Graças à caridade de uma família, que mesmo na dor autorizou a doação da córnea de um ente querido, meu sofrimento acabou”.

Cada cirurgia de córnea realizada pelo Hospital de Base envolve diversos procedimentos e setores da saúde pública do DF. Tudo começa pela Central de Captação de Órgãos e Tecidos, que, após autorização de familiares de um paciente falecido, retira as córneas do doador.

A captação ocorre entre seis e 12 horas depois da parada cardíaca do paciente. Em seguida, o tecido é armazenado no Banco de Olhos, onde fica  preservado até que seja encaminhado para algum hospital, público ou privado, especializado em transplante de córneas.

Na rede privada, esse tipo de transplante custa entre R$ 15 e 20 mil. Pelo Sistema Único de saúde (SUS), na rede pública o paciente beneficiado não tem qualquer custo.

Com informações e foto: Divulgação/Iges-DF

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