Segundo relatos publicados pela imprensa a respeito da delação de Mauro Cid, a reunião teria contado com a participação do então presidente e dos três comandantes das Forças Armadas – almirante Almir Garnier, general Freire Gomes e tenente-brigadeiro Baptista Júnior. A declaração foi feita pelo ex-ajudante à Polícia Federal.
“O tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente. Não existe isso do ajudante de ordens sentar em uma reunião com os comandantes de Força e participar da reunião. É fantasia”, declarou Heleno, em resposta a questionamento da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
O ex-ministro foi convocado para falar na CPMI a partir de requerimentos de diversos parlamentares. Na segunda-feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin permitiu a ele que não respondesse a perguntas da comissão que pudessem incriminá-lo.
Heleno fez uso desse direito em diversas ocasiões. A primeira delas quando questionado pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) sobre se teria participado de reunião do hacker Walter Delgatti Neto com Bolsonaro para tratar da violação das urnas eletrônicas.
As afirmações do ex-ministro foram criticadas pela base de apoio do governo Lula. Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), Heleno mentiu ao dizer que Mauro Cid não participava de reuniões com os militares.
Ele apresentou uma foto em que o ex-ajudante de ordens aparecia em um encontro de Bolsonaro com os três chefes militares. “Ele [Cid] ouvia tudo. As delações dele servem como testemunho”, disse Correia. Heleno rebateu dizendo que a imagem era antiga.
Fonte: Agência Câmara de Notícias – Janary Júnior