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fev 12 2022

Homenagem no Senado lembra o exemplo de vida do médium Chico Xavier

Senadores e convidados celebraram a memória do médium espírita Chico Xavier em sessão especial ontem (11). A iniciativa partiu do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que lembrou que a homenagem é parte de uma trilogia que também já reverenciou em Plenário Allan Kardec e Bezerra de Menezes

O parlamentar abriu a sessão relatando que Francisco Cândido Xavier nasceu em uma família com nove filhos de um vendedor de bilhete de loteria e de uma lavadeira, ambos analfabetos, na cidade mineira de Pedro Leopoldo, em 1910. Órfão de mãe, aos cinco anos foi entregue à madrinha, que não o tratava bem, e com muito sacrifício conseguiu completar o curso primário.

Eduardo Girão narrou que, aos 22 anos, caixeiro de um pequeno armazém, Chico publicou a primeira edição do Parnaso de Além-Túmulo, coletânea de poemas psicografados que fez sensação nos círculos literários brasileiros e o tornou conhecido nacionalmente.

” Começava aí sua história de vida pública. Ao Parnaso, seguiram-se mais de 400 livros, que venderam mais de 50 milhões de exemplares. Mas Chico Xavier viveu no mundo sem ser do mundo. O médium era, sobretudo, um filantropo. Embora viesse a se tornar o escritor brasileiro de maior sucesso comercial da história, ele cedeu integralmente os direitos autorais de suas obras para instituições de caridade espalhadas por todo o nosso País”, destacou.

Ainda conforme o senador, embora fosse reconhecido como um dos maiores líderes espirituais do Brasil e um dos mais importantes expoentes do espiritismo, Chico jamais cobrou um centavo pelas mais de 10 mil cartas que psicografou, “consolando milhares de famílias, que se deslocavam de todas as partes do Brasil na esperança de receberam notícias de seus entes queridos desencarnados”.

O presidente da Federação Espírita do Distrito Federal, Paulo Maia Costa, afirmou que, como missionário, Chico Xavier extrapolou a esfera do espiritismo e, por isso, teve de enfrentar resistências e dificuldades ao longo de sua jornada.

“Foi um homem de bem realmente, um missionário. E como todo grande missionário, enfrentou a indiferença, o descrédito, a mentira e diversos desafios. Nunca, na sua biografia, que tantos escreveram, tentou revidar ou revidou os ataques às feridas que abriram para ele. E a resposta sempre foi a da outra face, a do silêncio, a do amor, a da caridade”, avaliou.

Para o presidente da Comunhão Espírita de Brasília, Adilson Mariz de Moraes, a doutrina espírita é bem clara, mas há dificuldade de compreensão por muitas pessoas. O líder médium veio justamente para jogar luz e abrir novos caminhos.

“Ele surge como uma brisa suave a soprar sobre as letras que o nosso querido codificador trouxe, levando com mais claridade o entendimento da doutrina dos espíritos para todos. Então ele vem e faz um trabalho suave, tranquilo e espalha o amor que essa doutrina possui, e isso se solidifica dentro de cada um de nós. É importante entendermos a doutrina, mas mais ainda vivenciá-la ” disse.

Fonte: Agência Senado

Foto: Agência Senado – Jefferson Rudy

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