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out 06 2021

Hospital de Ceilândia reforça atendimentos contra o câncer de mama no Outubro Rosa

Idade ideal para mamografia é tema de polêmica e de vários projetos em  tramitação — Senado Notícias

Autoexane. Foi assim que Maria do Socorro Araújo sentiu que havia algo de diferente na mama. Já na semana seguinte, ela esteve no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde iniciou o tratamento contra o câncer.

Ontem (5), ela foi uma das primeiras pacientes a passar pela cirurgia de mastectomia total na unidade de saúde, que programou uma ampliação da prestação de serviços na área durante a campanha Outubro Rosa.

Até o fim do mês de outubro, serão feitos 384 exames de mamografia, 30 cirurgias de reconstrução mamária e sete procedimentos como o da Maria do Socorro. “Passei por momentos difíceis, mas eu venci”, comemora. A cabeleireira de 48 anos, que dedicou a vida inteira a cuidar da beleza das mulheres, agora dá a dica de como preservar a saúde. “Meninas, cuidem-se! Eu estou bem e vocês vão ficar felizes também! Comecem cuidando de vocês mesmas. Eu descobri no início, me apalpando. E hoje eu me sinto bem”.

O objetivo da campanha Outubro Rosa é sensibilizar as mulheres e seus familiares sobre a importância do autocuidado e de buscarem o acompanhamento médico especializado em saúde feminina. “A gente luta pelo diagnóstico precoce e pela ida, regularmente, ao ginecologista”, explica Lucilene Florêncio de Queiroz, superintendente de saúde da região oeste do Distrito Federal, área que envolve Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Brazlândia

Para que a campanha seja efetiva, as unidades de saúde se prepararam para atender à demanda. No caso do HRC, houve o fortalecimento de equipes por meio da contratação de pessoal, ampliação de carga horária de servidores e disponibilidade de turnos de trabalho adicionais por meio da modalidade de trabalho por período definido (TPD), que funciona como horas-extras para os servidores. “A nossa obrigação aqui é dar acesso a esse diagnóstico e a esse tratamento”, resume Bruno Aires Vieira, diretor do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

É por isso que o mamógrafo está em plena operação. A equipe do Núcleo de Radiologia e Imaginologia (Nuri) se reveza entre receber as pacientes, fazer os exames, analisar os resultados e encaminhar para os médicos. O resultado orgulha os servidores. “Hoje a nossa demanda está praticamente zerada”, afirma Célio Ferreira, chefe do Nuri. Com agendamento, o tempo na sala de espera é inferior a 30 minutos, mesmo com o aumento de cerca de 31% dos exames ao longo do Outubro Rosa, com a expectativa de chegar aos 384 até o fim do mês.

Mais que agilidade, os servidores trabalham com sensibilidade. Cada mulher ali traz apreensões, histórias familiares e expectativa de que tudo fique bem. “Eu me coloco no lugar daquela mulher. Como uma mãe, como uma filha, como uma mulher segurando a mão daquela mulher”, conta a médica mastologista Thalita Epstein, gerente de assistência cirúrgica do HRC.

 

Segundo ela, a forma mais eficaz de combater o câncer de mama é o diagnóstico precoce com o autocuidado e, de acordo com a indicação médica, a realização de exames e o acompanhamento individualizado. “Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor”, explica a médica. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou filha) com diagnóstico de câncer de mama devem ter atenção redobrada.

No caso de diagnóstico positivo, as pacientes são encaminhadas para tratamentos que podem envolver quimioterapia e cirurgias. A retirada das mamas, porém, é uma decisão médica baseada em fatores como prognóstico, proporção entre o tamanho dos nódulos e as dimensões da mama e o histórico da paciente. “Cada caso é avaliado individualmente”, explica a médica Thalita Epstein.

O passo seguinte é a cirurgia de reconstrução mamária. Em outubro, o HRC deve realizar 30 cirurgias desse tipo, que podem ser resumidas como um procedimento estético com forte diferencial psicológico. “A vida dessas mulheres tem um divisor de águas quando elas recebem o diagnóstico e quando são tratadas. A reconstrução mamária é um novo ciclo de vida, um renascer. É como se voltassem a viver”, resume Lucilene Florêncio de Queiroz, superintendente de saúde da Região de Saúde Oeste.

Fonte: Secretaria de Saúde

Foto:Senado Federal

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